Saúde digital: 4 tendências tecnológicas para 2020

Inteligência artificial e segurança de dados já estão impactando o setor da Saúde Digital

Por Franco Motta*

A chegada de um novo ano causa uma atmosfera de incertezas e ansiedades sobre o que está por vir. Na Saúde Digital, as novas tecnologias serão responsáveis por transformações de forte impacto para organizações e pacientes. Assim, temos que vislumbrar um cenário em que a aplicação de tecnologias disruptivas vai modelar a forma de se fazer Saúde. Logo, podemos perceber que algumas tendências para 2020 vão fomentar o anseio de gestores e usuários do sistema por uma Saúde Digital integradora e que forneça os melhores benefícios para ambos. 

Podemos citar 4 tendências para a Saúde Digital que provavelmente já estão acontecendo em diversas organizações de Saúde - se não aqui no País, em outros lugares e mercados do globo.

1- Inteligência Artificial

Uma vez que estamos diante da chegada da velocidade 5G, é perceptível que a inteligência artificial terá um salto tecnológico. Ora, já que na Saúde Digital os dados e informações de pacientes são armazenados de forma sistêmica, a inteligência artificial será a principal parceira de gestores e equipes de assistência para promoverem tratamento e formas de atendimento cada vez mais personalizada. De tal maneira que, na cadeia da Saúde Digital, a inteligência artificial vai impulsionar a operação dos negócios, prevendo mudanças e cenários que vão demandar decisões rápidas e eficazes.

Com tantas inovações em desenvolvimento acelerado, 2020 será um ótimo ano para os pacientes, que terão em mãos as facilidades da Saúde Digital.

2- Segurança da Informação

A segurança de dados já é um desafio dentro das organizações de Saúde. Portanto, vale lembrar que em agosto do próximo ano a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrará em vigor. Assim, não basta investir em tecnologias de armazenamento do big data. Aos gestores será necessário ampliar o conhecimento sobre o que a indústria de tecnologia oferece. A integração de informações de pacientes por meio de sistemas de gestão hospitalar vai precisar de ferramentas que identifiquem os dados sensíveis e apresentem aos colaboradores a melhor forma de usá-los sem invadir a privacidade do usuário.

3- Medicina Delivery

Os consumidores da Saúde Digital estão cada vez mais empoderados e conscientes das decisões e serviços oferecidos pelas instituições. Dessa forma, os hospitais terão que usar dispositivos móveis, sistemas de comunicação remota e fornecer wearable devices para garantir que a assistência e cuidados de qualidade estejam cada vez mais próximos dos pacientes - e por que não dentro das residências ou onde quer que eles se encontrem? Assim, não somente a organização de Saúde terá maior eficácia nos tratamentos, mas também terá um poderoso potencial competitivo. 

4- Engenharia Genética

Dentro dos grandes centros de pesquisa, a inteligência artificial e o aprendizado de máquina já estão sendo usados para aprimorar tratamentos e produzir inovações para a medicina. É por isso que as organizações de Saúde precisam investir em parques de Tecnologia da Informação (TI) avançados e integrados com as produções científicas. Por exemplo, em 2019 pesquisadores do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) modificaram geneticamente um vírus para que ele destrua células de câncer de próstata. Vale lembrar que o tempo de transição entre laboratório e aplicação médica está cada vez mais curto.

Com tantas inovações em desenvolvimento acelerado, 2020 será um ótimo ano para os pacientes, que terão em mãos as facilidades da Saúde Digital. Por outro lado, para as organizações de Saúde será mais um período desafiador, no qual quem não estiver preparado e atualizado, ficará para trás nesse mercado competitivo e complexo que é a Saúde.

*Franco Motta é CSO (chief science officer) da MV. Especialista em tecnologia para medicina diagnóstica, EMR Architect, PACS Operations Analyst, PACS System Analyst, PACS Interface Analyst e Big Data in Healthcare.

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