A saúde financeira da sua empresa pode ser um reflexo da sua vida financeira pessoal
Como assim?
Ao abrir um negócio próprio, existe uma tendência de refletirmos vieses pessoais no dia a dia da empresa, principalmente, na hora do gerenciamento financeiro. Claro que isso acontece de forma inconsciente!
Ter essa percepção pode não ser tão rápido, porém, é algo muito simples e, para isso, precisamos analisar como anda sua vida financeira pessoal. Responda às perguntas abaixo:
- Ela está equilibrada ou está uma bagunça?
- Vive para apagar incêndios?
- Tem o costume de gastar mais do que ganha?
- Possui algum controle ou não sabe onde começam e onde terminam as informações?
- Termina o final do mês escolhendo qual conta irá pagar primeiro?
Uma grande parte da população brasileira não possui consciência financeira, ou seja, não sabe e não controla o volume dos seus gastos mensais, desta forma, estão mais suscetíveis ao consumo imediatista e não por necessidade real.
Geralmente, isso é desenvolvido na nossa infância, vendo como nossos familiares e pessoas próximas lidam com o dinheiro, sendo essas pessoas nossas referências de como tratar assuntos relacionados a esse tema. Não somos educados a falar sobre dinheiro, estando muitas vezes associado a algo negativo, complexo, chato e que deve ser adiado, pois entendemos que existem coisas mais importantes na vida para se aprender e dedicar nosso tempo.
Sendo, muitas vezes, um tabu entre muitas famílias, aprendemos logo que a vida é muita curta para controlarmos, guardarmos e pensarmos tanto no futuro.
Quem nunca ouviu a frase "viva como se não houvesse amanhã"? Porém, você cresce, os boletos chegam, as responsabilidades aparecem, e aí você percebe que a vida que se leva está muito fora da realidade, vivendo de aparências, status e sem controle algum.
Mas calma, existe uma solução para isso!
Fazer uma autoanálise e tomar ciência da nossa realidade é o primeiro passo para a mudança. Lembrando, que todo caminho requer foco, disciplina, determinação e paciência, pois deve se considerar que foram anos para chegar em um estado crítico, então, não será em dias que sairá dele.
Uma maneira de entender melhor sobre isso, é estudar sobre educação financeira. Apesar de muitos relacionarem o tema com planilhas, números, matemática, e já pensarem: “estou fora, não nasci para isso”; a questão não é essa, sua base não se pauta apenas nisso, mas está relacionada principalmente em planejamento, envolvendo muito mais objetivo, meta e controle. Saber quanto ganha, quanto gasta, quanto desse gasto é essencial (sobrevivência – necessidades primárias), e quanto deste gasto não é essencial.
Saber o porquê gastamos, como gastamos, que necessidade atendemos é o direcionamento necessário para chegarmos onde queremos. Planejamento com objetivos claros nos dá uma visão de que estratégias podemos tomar, seja com cortes, seja com geração de novas fontes de receitas. O planejamento nos leva a ação, que nos leva ao resultado esperado.
O que isso tem a ver com minha empresa?
Na vida empresarial, a saúde financeira de uma pequena empresa segue esse mesmo raciocínio, ou seja, sem planejamento a empresa pode acabar atirando para todos os lados e não atingindo o resultado esperado.
O controle de seus gastos e ganhos, o porquê de cada despesa, e como gerar a receita de forma mais eficiente, pode levar a empresa a patamares muito maiores. Está bem! Sei que existem empresas que crescem sem controle algum, isso é fato, mas não é saudável! Uma hora a conta chega, e arrumar a casa quando se tem uma grande demanda é muito mais complicado e difícil, do que, começar um negócio de forma estruturada com controles definidos e metas traçadas.
Então, porque não fazer a partir de hoje as coisas de forma diferente?
- Comece arrumando sua vida pessoal, listando suas receitas, suas despesas, seus sonhos e metas.
- Liste em quanto tempo quer realizar cada coisa e quais estratégias podem te levar a alcançá-las.
- Olhe para seu negócio, veja onde ele está hoje e onde quer que ele esteja amanhã.
- Liste todos os gastos, processos, estruture a casa, estipule metas e objetivos, mensure os resultados.
- Faça uma reavaliação sempre. O processo de melhoria deve ser constante e diário.
- Esteja aberto a novos desafios!