Saúde mental no ambiente organizacional e os desafios da comunicação

A comunicação eficiente é um dos maiores desafios, se não o maior, no mundo profissional e social em geral. Segundo Beavin e Jackson (2007), há no ser humano uma impossibilidade de não se comunicar, explanando o fato de que todo comportamento é uma forma de comunicação.

Muitos indivíduos veem seu ambiente de trabalho como uma tortura diária, e travam uma batalha para se manterem mentalmente equilibrados neste espaço. Entre algumas das queixas constantes estão as exigências irreais, líderes confusos, cobranças ameaçadores, comunicação ineficaz, humilhação e assédio psicológico. Algumas das consequências de um ambiente profissional tóxico são: estresse, ansiedade, Burnout e abuso de substâncias.

A falta de habilidade em comunicação, além de poder ser prejudicial para a saúde mental dos trabalhadores, também fará com que haja erros potenciais cometidos na assistência aos pacientes.

Uma grande verdade sobre os relacionamentos humanos é que a maior parte das pessoas não imagina ou percebe o poder contido em suas palavras e no modo como elas são expressas.

Dentre as condições apropriadas para que a comunicação tenha o efeito desejado, há o cuidado na maneira como o comunicado é expresso. Marshall Rosenberg elucida a comunicação não violenta como uma metodologia capaz de contribuir grandemente para um melhor clima nas organizações, pois suas técnicas promovem a humanização das relações profissionais.

Vejam, temos treinamentos inúmeros e diversos protocolos na área da saúde mas pouquíssimos voltados à comunicação, sendo ela a meta 2 de segurança do paciente. Não somente ele se beneficia, mas toda a equipe.

Comunicar-se bem é um grande investimento em saúde mental.

Referências:

Saber humano, ISSN 2446-6298, V 10.

Análise de mudanças organizacionais: utilidades para políticas sociais. Revista de Administração Pública.