Saúde mental no trabalho: Qual parte cabe às empresas?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 12 milhões de brasileiros estão com depressão, o que representa cerca de 9% da população. A estimativa é que este índice chegue a 20% dos brasileiros por efeito da pandemia e os desdobramentos econômicos.
Além da depressão, o Brasil é o segundo país com o maior índice de pessoas que sofrem de ansiedade, fobia, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), entre outras doenças de saúde mental e estima-se um custo de cerca de trilhão de dólares, até 2030 para a economia por conta deste quadro.
Outro fator que merece nossa atenção, é que quanto menor a renda e a escolaridade das pessoas, mais elas sofrem com doenças de saúde mental devido à falta de informação, apoio e suporte financeiro, sendo um importantíssimo tema de política pública.
E, certamente, este cenário está também dentro dos quadros de trabalhadores das empresas.
Como as empresas podem diminuir o impacto deste cenário?
Sabemos que com a mudança para o modelo híbrido de trabalho e a alta demanda por resultados, muitas pessoas estão tendo que se adaptar com tantas variáveis, o que resulta em um estado mental mais ansioso e com fadiga.
O cenário será esse por um longo período, e o grande desafio das empresas é diminuir o impacto e ajudar nesta mudança de realidade. A informação será sempre um ótimo caminho para a construção de um ambiente organizacional mais sadio. Pessoas com informação de qualidade, são mais conscientes sobre suas vulnerabilidades e necessidades, e então os diagnósticos podem ser antecipados e consequentemente prevenidos.
Um colaborador que consegue identificar sintomas iniciais de depressão e busca a ajuda necessária, evitará que a doença mude para um quadro crônico ou agudo e, até mesmo, evitará um afastamento ou uma perda em sua capacidade produtiva.
Ou seja, disseminar o diálogo dentro da companhia sobre pautas de saúde mental é de responsabilidade de uma empresa séria e comprometida com a saúde do colaborador.
Com isso, elenco 3 dicas fundamentais para iniciar o planejamento de execução sobre o tema:
- Informe o colaborador: Construa campanhas de conscientização sobre doenças de saúde mental, assim como a SIPA, este tema é de extrema importância. Fale abertamente sobre sintomas, causas, tratamentos e conceda um canal de apoio para o colaborador. Escolha meios de comunicação criativos como: podcasts, artigos, uma homepage dedicada, redes sociais corporativas com posts da alta gestão dedicados ao tema. Não economize esforços!
- Promova ações lúdicas e atividades físicas: Ofereça aos colaboradores informações e opções saudáveis para sua alimentação e, atividades físicas e lúdicas e, até mesmo, meditação. Grupos de corrida, ciclismo, dança, leitura ou games podem ser uma ótima opção! Claro, dentro do contexto de afastamento físico e cuidados de contágio decorrentes da COVID-19.
- Crie um esquadrão focado em saúde mental: Crie grupos com pessoas especializadas em identificar e mapear possíveis alterações da saúde mental do colaborador. Se a empresa possui grupos de diversidade, é interessante ter um representante em cada grupo, para ampliar a visão sobre todos fatores que podem levar um colaborador a sucumbir a um adoecimento mental/emocional.
Sua empresa possui algum grupo focado em saúde mental? Assista o vídeo sobre Saúde Mental nas organizações e vamos conversar sobre as práticas!
Coach Palestrante e instrutora de cursos
3 aParabéns pelo artigo. Muito sucesso!
Consultor em Gestão de Pessoas | Mentor e Coach de Lideranças | Palestrante | Escritor | Professor da Fundação Getúlio Vargas
3 aAssunto de extrema relevância Lucimar Delaroli! Parabéns!