A SACADA: O PASSO NÚMERO DOIS DA MUDANÇA
O segundo passo em todo processo de mudança é muito comum e desejável e eu gosto de chamá-lo de A Sacada!
Assim mesmo, com ponto de exclamação e pausa dramática, porque se trata de um momento sempre surpreendente. Se o Desconforto traz a o entendimento de que algo não vai bem é a Sacada que nos diz então que algo pode ou deve ser feito a respeito.
O desconforto com alguma situação pode continuar gerando conflito, desânimo e outros sentimentos indesejados indefinidamente se ele não vier acompanhado do passo seguinte que é a virada para o insight: o lampejo de pensamento que, ao mesmo tempo, é um alerta e uma esperança.
É quando o sujeito da mudança se toca e pensa “espera aí...essa situação não vai continuar assim; eu preciso reagir”.
A Sacada tem também dois aspectos: ela nos faz ver o que nos levou até determinada situação (compreendemos o que nos trouxe até aqui, os porquês de termos chegado na situação de desconforto) e, por outro lado, ela nos faz crer que temos condições de mudar as coisas (começamos a ver que o futuro não é um ato predestinado, que há chances de acontecimentos diferentes do presente que estamos vivendo).
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Esse momento de eureka pode vir de diversas maneiras. Às vezes é só nosso cérebro juntando “lé com cré”, outras vezes é a leitura de um livro ou artigo. Pode vir de uma conversa mais profunda com alguém, de uma observação mais apurada dos fatos ou ainda de um processo de autoconsciência como o coaching, mentoria e terapia.
O fato é que a Sacada (não importa de onde ela venha) é uma movimentação muito particular de formatação interna de uma nova realidade. Às vezes nós somos os últimos a ter a Sacada.
Quantas vezes não ouvimos de amigos ou parentes a frase “nossa… só agora você se tocou disso?” E sim, é verdade, os outros podem até ter visto aquilo que a gente ainda não estava vendo, mas é nessa reorganização pessoal de ideias que a Sacada aparece – ela tem que ser um processo da gente com a gente mesmo, esse entendimento intrínseco, essa verdade forte que sentimos toda vez que entendemos algo novo pela nossa própria ótica.
Porque só assim ela poderá nos guiar ao próximo passo, que é também muito particular: a Imaginação sobre como, quando, onde vamos organizar nossa mudança.