SALA HÍBRIDA – A NOVA TENDÊNCIA MUNDIAL
Conceito recente na área médica-hospitalar, as salas híbridas consistem na união entre centro cirúrgico e sala para procedimentos de intervenção não cirúrgica associado a equipamentos de imagem de alta definição.
O espaço é desenhado para que os exames sejam usados antes, durante e depois das intervenções, proporcionando mais segurança e precisão em procedimentos complexos. Diversos especialistas podem usufruir desse ambiente de trabalho, otimizando o tratamento dos seus pacientes: cardiologistas, cirurgiões cardíacos, radiologistas intervencionistas, cirurgiões vasculares e eletrofisiologistas. As potenciais complicações dos procedimentos percutâneos que necessitam de tratamento cirúrgico imediato são resolvidas de forma mais segura no ambiente da sala híbrida.
Esse novo conceito já é uma realidade em diversos centros no mundo, e em alguns centros de excelência médica no Brasil. O completo entendimento do potencial tecnológico da sala híbrida e seus benefícios são fundamentais para otimizar o fluxo de trabalho na instituição. Um cuidadoso planejamento é essencial para se projetar uma sala híbrida. Os principais objetivos para sua utilização devem ser estabelecidos previamente, considerando todas as peculiaridades dos procedimentos e necessidades das diversas equipes multidisciplinares que nela irão trabalhar. Durante todo o processo de planejamento e implementação torna-se fundamental uma clara e frequente comunicação entre todos os profissionais que utilizarão a sala.
A configuração da sala híbrida varia de acordo com o objetivo de sua utilização pela instituição, porém todos os requerimentos de segurança relacionados à emissão de radiação devem ser preenchidos. A sala pode estar equipada com recursos avançados de software para a reconstrução tridimensional das imagens e sua utilização em tempo real, proporcionando uma visualização mais detalhada de toda a anatomia, mesa cirúrgica radiotransparente integrada aos dispositivos de imagem de alta resolução, presença de múltiplos monitores proporcionando integração de dados e imagens, controle adequado de luminosidade, presença de ecocardiograma transesofágico tridimensional para monitorização intraoperatória, ultrassom intravascular e todo o suporte necessário para uma cirurgia convencional. As salas também podem ser equipadas com câmera e sistema de transmissão de imagens para fim educacional ou telemedicina. Algumas instituições também disponibilizam equipamentos para cirurgia robótica, tomografia computadorizada ou até mesmo aparelho de ressonância nuclear magnética dentro da sala híbrida.
A capacidade de realizar procedimentos diagnósticos e intervencionistas no mesmo ato cirúrgico economiza tempo de internação dos pacientes, reduz custos e facilita o fluxo operacional para a instituição. A ergonomia de um ambiente de trabalho amplo facilita a mobilidade entre a equipe multiprofissional e abriga de maneira adequada todos os equipamentos necessários à intervenção.
Os procedimentos híbridos e minimamente invasivos apresentam a vantagem de oferecer melhor resultado estético, menor trauma cirúrgico, redução no tempo de recuperação dos pacientes e menor taxa transfusional quando comparados à cirurgia convencional.
A sala híbrida tem uma importante função no atual cenário, no qual as terapias híbridas representam uma opção cada vez mais utilizada no tratamento de pacientes de alto risco, oferecendo maior segurança para o procedimento. No futuro todos os hospitais terão sala híbrida, o que hoje é um diferencial, amanhã será indispensável!
MÉDICO
1 aMaravilhoso, pq se pode atender a todas as necessidades.