Saldo de uma obra: repensar objetivos profissionais, a importância da empatia e sobre contar histórias
Trabalhar com comunicação é sempre conviver com o imprevisto, por mais que haja planejamento, com diversas interpretações e, acima de tudo, é sempre contar com algo que vai dar errado. Pessimismo? Pode ser... No entanto, mais vale estar preparado para a crise do que bancar a Poliana e quebrar a cara.
Pensando assim, depois de mais de 15 anos me preparando para todo tipo de imprevisto e respeitando a bendita “Lei de Murphy”, me deparei com uma obra em casa. Vocês já estão pensando: vai começar o muro das lamentações. Nada disso! Vamos falar de gestão de crise e recomeço.
Eu lido com a gestão da comunicação da seguinte forma: análise do perfil da empresa considerando seu mercado, seu modelo de gestão, a capacidade técnica do seu pessoal e o porte da sua produção. Passo para a análise um pouco mais profunda da concorrência para definir o tamanho do desafio e quais ferramentas serão utilizadas. Pronto, junto a equipe e montamos um plano detalhado com estratégias, ferramentas, prazos, custos etc. tudo lindo... Seguimos na árdua tarefa de mensurar os resultados, muitas vezes imensuráveis, e o dia a dia repleto de situações inesperadas, correria para atender imprensa, redes sociais, prazos de publicações... Ufa. Dá tudo certo.
Com esse jogo de cintura, você acha que encarar uma obra vai ser mega tranquilo e que anos de atendimento a escritórios de arquitetura e empresas de construção civil a tornam praticamente uma profissional da área. Ledo engano! Você enfrenta o desafio de gerir uma equipe desconexa de profissionais que nunca se viram antes, cada um com seus prazos estabelecidos, dificuldades pessoais e o famoso “jeitinho brasileiro” imperando a cada dificuldade. Resultado: dor de cabeça, nota zero em planejamento e mais aprendizado em gestão de crise.
Com essa experiência, hoje penso em gestão de outra forma, certamente mais madura. Senti na pele a diferença entre ter um profissional capacitado (santa arquiteta) à frente de um projeto e tentar levar no feeling a gestão de um negócio, seja de que porte for. Isso, lógico, deve ser aplicado à comunicação da sua empresa – valorizo ainda mais a minha própria atuação e o sucesso de cada empreitada que assumi até hoje! Me coloquei no lugar dos empresários que tentam lidar com a gestão do próprio negócio e ainda assumem as tarefas de um profissional de comunicação – olha aí porque tantas estratégias dão tão errado!
Também reconheço a enorme diferença entre quem sabe porque faz todos os dias e quem acha que sabe porque conhece a teoria da coisa. A importância primordial e salutar de ter empatia todos os dias e por todos que o cercam, porque as realidades de vida são imensamente diferentes e as vezes não consideramos isso no nosso cotidiano.
Também valorizo ainda mais o registro das histórias das pessoas e das coisas. Um apartamento sem planta é extremamente propício a ocorrências negativas. Uma empresa sem o registro da sua história perde suas principais referências. É preciso escrever! Colocar no papel, no mundo virtual, em vídeos, em quadrinhos... seja como for, mas é preciso contar histórias!
Um ensinamento me chamou a atenção: o sentimento. Depois de gerir centenas de projetos de outras pessoas e de outras empresas, me acostumei a ficar feliz com o resultado alcançado ou triste com as derrotas, mas me resguardando sentimentalmente. Um sucesso sempre foi um sucesso, mas a medida da ansiedade e das expectativas profissionais é outra. Quando o projeto é seu, o sentimento aflora. Agora entendo a ansiedade de alguns clientes, que muitas vezes considerei demasiado. Novamente me surge a importância da empatia. E uma sementinha foi plantada: preciso de um projeto meu, novo, fresco e cheio de emoção! Vamos contar histórias?
Fundo Nacional de Saúde
6 aFantástico!
Advogada Trabalhista em MoselloLima Advocacia. Consultoria.
6 aMaravilhoso!!!!
Consultoria Rose Vega Conceito - Secretariado Remota | Gestão de Clinica & Artista de FineArt
6 aExcelente reflexão! Desse texto eu já reavaliei as minhas estrategias para gerir outros itens meus. Parabéns, Carol!!
Fotógrafa
6 aPerfeito.