Saneamento é fundamental para acabar com doenças tropicais negligenciadas, diz presidente da Fiocruz
Divulgação Governo do Estado de SP

Saneamento é fundamental para acabar com doenças tropicais negligenciadas, diz presidente da Fiocruz

Em participação na conferência da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre doenças tropicais negligenciadas (DTNs), em Genebra, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Nísia Trindade Lima, alertou no dia 19 de abril que investir em saneamento é fundamental para erradicar esse conjunto de patologias — que inclui infecções como a dengue.

No Brasil, apenas 57,6% da população urbana tem acesso a redes de esgoto, segundo dados de 2014 do Ministério das Cidades do país. A OMS tem o objetivo de eliminar as DTNs — problemas de saúde que estão fortemente associados à pobreza e que se disseminam com mais facilidade nas regiões mais quentes do planeta — até 2020.

“Para alcançar essas metas, várias ações são possíveis. Nós acreditamos que trabalhar com os determinantes socioambientais da saúde, especialmente com o saneamento e o trabalho em políticas sociais de combate à pobreza, é fundamental”, afirmou Nísia.

Para a especialista, são necessárias articulações para promover a pesquisa, a inovação e o envolvimento do setor industrial e privado na promoção da saúde. “É muito importante a continuidade de políticas de saúde, de ciência e tecnologia e sociais. As políticas nesse sentido representam não gastos, mas investimentos na qualidade de vida, na saúde e no futuro do país”, acrescentou.

A embaixadora do Brasil junto à ONU em Genebra, Maria Nazareth Farani Azevêdo, também participou do encontro e declarou que a nação sul-americana deseja se tornar um ponto de referência na luta contra as DTNs.

“O Brasil quer combater as doenças tropicais negligenciadas não só no país, mas ele quer ser um ator global dentro dessa Organização (OMS) e no mundo. Nós queremos mostrar que nós temos experiência, por exemplo, como vítima de surtos de doenças como zika, dengue e febre amarela e que nós soubemos encontrar respostas rápidas para esses problemas e essa resposta a gente pode compartilhar com outros países”, explicou.

Fonte: ONU-BR 

Divulgação Ministério das Cidades

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