Se eu não quiser ser gerente?
Dia desses conversando com um diretor de uma grande empresa ele comentou que, no feedback de avaliação de desempenho, um dos coordenadores de sua equipe deixou claro que não almejava uma gerência. Mas que se percebia desafiado e contente na função de coordenador.
Imagino que a maioria dos profissionais devem pensar: Que loucura! Mas poucos podem reconhecer que além de muita coragem, esse profissional precisou no mínimo, conhecer seus limites e propósito de vida.
E ai percebo alguns questionamentos: O que faz alguns profissionais não almejarem uma carreira de alta gestão dentro de uma organização? Ou mesmo serem donos do próprio negócio, com todo ônus e bônus de empreender em nosso pais? Ou desejar trabalhar numa empresa menor, ou menos horas (ganhando menos) ou trocar uma metrópole pelo interior?
Antes de mais nada, gostaria de recorrer as definições do psicólogo Schein (1978) quando apresenta as âncoras de carreira. Ele apresentou a teoria que a escolha deve passar por uma autopercepção baseada em: talentos, habilidades, propósito, necessidades, atitudes e valores.
Ou seja, quanto mais o indivíduo tem consciência dos aspectos que considera na construção da escolha, aumentam as chances de realizar uma escolha mais consciente e com menos chances de frustração ao longo da vida. Ou seja, seu modus operandi.
Atualmente também percebemos o discurso de buscar uma profissão que esteja vinculado ao seu propósito de vida.
Você esta disposto a abrir mão de uma promoção que gere uma mudança para uma capital, mas manter-se próximo a sua estrutura familiar numa cidade menor? Ou, abrir mão daquele cargo de gerente que exigirá de você mais horas dedicadas a empresa, para continuar a rotina de levar e buscar os filhos na escola? Ou mesmo sair do atual emprego, com um salário dos sonhos para se dedicar a um período sabático? Ou dedicar-se a um hobby que pode significar ter um salário menos expressivo?
Enfim, como é possível ser feliz fazendo escolhas “diferentes” aos da maioria, que querem crescer na carreira, ocupar cargos de destaque em empresas expressivas?
Para que essas escolhas não sejam traumáticas, antes de mais nada você precisar conhecer-se. Sim, revisitar sua missão, visão, valores, escolhas. Se não tiver, comece a construir o seu, para entender o que o move, o que realmente importa, o que realmente o fará ser feliz nos 5 dias da semana, sem precisar esperar o final de semana.
Administradora com MBA em Planejamento e Gestão de Negócios | Estratégia
7 aExcelente e muito reflexivo. Adorei o artigo prof!
Assistente médico na Cedit
7 aConcordo plenamente com a sua abordagem, o importante é pensar num todo para ser feliz e realizado.
Especialista em Gestão Estratégica de RH | Visão Generalista | Remuneração e Benefícios | Desenvolvimento Organizacional | Engajamento e Retenção de Talentos | Data Driven
7 aPerfeito!
Master Coach e consultor | Te ajudo a destravar o seu potencial | Desenvolva seu perfil profissional
7 aLenir Nunes, parabéns pela abordagem, realmente significativo. Como já foi colocado é a profundidade de meu autoconhecimento, pois através dele vou conseguir discernir a assertividade da decisão. Penso que além do autoconhecimento, vem um outro aspecto que é o quanto eu me respeito, para decidir e não o quanto me importo com a opinião de outros sobre minha decisão. Meus valores internos, meu autoconhecimento e meu respeito próprio fazem a diferença no momento das decisões. Vamos desenvolver isto dentro de nós, assim seremos pessoas mais equilibradas e mais uteis!
Hyperautomation | Product | Business | Project management
7 aÓtima reflexão!