Se o objetivo é contratar a pessoa certa, foque na pessoa e não na habilidade.

Estamos em um novo paradigma pandêmico. As mudanças rápidas fizeram com que as empresas procurassem candidatos que possuíssem além dos requisitos exigidos -certas qualidades intangíveis. Em contato com algumas empresas sérias no mercado e recrutadores de grande bagagem , um tema comum surge em seus critérios de contratação. Eles desejam candidatos que tenham um alto nível de inteligência emocional.  

A inteligência emocional ou quociente emocional (QE) é geralmente visto como a capacidade de estar atento, gerenciar e expressar suas emoções. Você aborda os relacionamentos e as interações relacionadas ao trabalho de maneira empática. Pessoas com QE tendem a ser emocionalmente conscientes e sensíveis aos sentimentos dos outros. Essa qualidade ajuda a resolver problemas de maneira eficaz de maneira compassiva. Possuir um traço de inteligência emocional equipa a pessoa para tratar os outros com compaixão, compreensão, respeito e bondade.

Tradicionalmente, as decisões de contratação são feitas principalmente com base no pedigree de uma pessoa, a universidade frequentada, notas obtidas e o status de seu último empregador , sem levar em consideração o quão emocional inteligente ela é. 

Pode ser por isso que você percebe que tantas empresas estão repletas de chefes e colegas de trabalho tóxicos e agressivos. Muitas empresas demonstram preferência por contratar os chamados “astros do rock”, que são quase lunáticos, mas são dispensados porque geram receita ou desempenham uma função com forte demanda. 

A maré pode estar mudando de contratar “ idiotas brilhantes" , que alienam colegas, para uma pessoa com um QE alto.

À luz de todos os novos desafios que as empresas e os trabalhadores estão enfrentando atualmente, é uma decisão de negócios inteligente trazer a bordo pessoas com alto índice de QE. 

Eles agregam valor servindo como um recurso para ajudar os outros. A administração precisa de pessoas que possam apoiar seus colegas de trabalho, que podem ser pais ou parceiros fazendo malabarismos com seus respectivos empregos, enquanto cuidam de seus filhos e auxiliam em suas aulas on-line problemáticas de Zoom. 

Pessoas que trabalham em casa podem sofrer de isolamento, depressão e apresentar problemas de saúde mental que requerem atenção. Há funcionários que precisam entrar no escritório, mas temem contrair o vírus. Os trabalhadores podem ficar distraídos e estressados, pois estão cuidando de um ente querido que contraiu a Covid-19. 

É fácil para os ânimos explodir e desenvolver um ambiente tóxico, mesmo se vocês não estiverem fisicamente trabalhando juntos. Ter trabalhadores com fortes habilidades de QE pode oferecer ajuda e conforto aos colegas de trabalho e aliviar problemas potenciais. Neste momento difícil, os empregadores se beneficiariam com pessoas que tenham compaixão e possam ser uma influência positiva. 

É relatado que os trabalhadores com QE alto tendem a tomar decisões melhores, manter a calma sob pressão e estresse, resolver conflitos habilmente, responder positivamente ao feedback construtivo, trabalhar bem com os outros e demonstrar habilidades de liderança. Além disso, pessoas com QE alto tendem a se sair bem e avançar dentro das organizações. Uma pesquisa conduzida pela TalentSmart, mostrou que “90% dos melhores desempenhos eram altos em inteligência emocional, com uma renda média mais alta por ano”. Indicou ainda que "a inteligência emocional também foi responsável por até 60% do desempenho do trabalho para supervisores por meio de CEOs."

Como a pandemia continua sem fim à vista, é fato que muitos invariavelmente ficarão fatigados, frustrados e com medo. Tenha certeza de que empresas sentirão uma necessidade ainda maior de contratar pessoas com QE para ajudar os colegas a superar esses tempos difíceis.

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