Se você falhar, o que acontece?
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Se você falhar, o que acontece?

Por mais simples que essa pergunta possa ser, ela diz mais do que você imagina sobre o ambiente que você está inserido.

A abertura para o aprendizado, principalmente com os próprios erros sempre foi um grande tabu em empresas mais conservadoras. Eric Schimdt as define como Slow by Design.

Afinal você pode errar ou não?

Se o seu dia a dia se baseia em atingir metas a qualquer custo, é provável que seu ambiente não seja tolerável a falhas, principalmente se as participações nos lucros estiverem diretamente conectadas às metas.

Se o objetivo é a meta a qualquer custo, é provável que em determinados momentos seja necessário abrir mão de determinados valores e princípios para chegar até lá. Não há escolha, é preciso chegar e ponto final.

Em cenários de extrema pressão, o instinto de sobrevivência fala mais alto e por consequência a gestão passa a se basear na emoção e não mais no planejamento e na razão.

O cenário passa a ser tomado pelo medo, incerteza e desconforto. A medida que alguma meta dá sinais de que não vai ser atingida, as ameaças começam a surgir. O colaborador vê o seu emprego em jogo e não pensa muito nas próximas ações para chegar na meta, simplesmente faz.

Mas e se você pudesse errar?

A meta continuaria existindo, mas não a qualquer custo. O ambiente seria colaborativo, objetivos e realizações seriam compartilhados, assim como a participação nos lucros.

Os princípios e valores vem em primeiro lugar, dando abertura ao aprendizado, à busca constante por formas mais inteligentes para se resolver o mesmo problema ou atingir uma meta.

Cenários como esse aumentam a criatividade e o engajamento, além de reforçar o espírito de equipe desenvolvem de maneira natural os líderes que passam a atuar como facilitadores quebrando barreiras que possam impedir o time de atingir o objetivo.

Naturalmente, o grupo de pessoas se reconhece como time e passa a colaborar em conjunto para atingir os resultados, o que invariavelmente resulta em feitos maiores do que iniciativas individuais.

É muito provável que esse time supere a meta definida em um ambiente onde ser fun é um dos pilares mais relevantes.

Mas eu contei essa estória para dizer que se esse ponto ainda não foi tratado na sua organização, é provável que a sua transformação esteja indo no caminho errado e caso ainda não tenha começado, é melhor acelerar!

Leia também:

Luiz Grecco

Senior Manager com mais de 12 anos no mercado de TI, especialista em Lean IT com larga experiência em implantações e definições de processos ágeis em grandes corporações. Amante de blues, aviação, cozinha e bateria!


Leôncio Rodrigues

Gerente de Engenharia de Software | Gerente de Desenvolvimento de Software | Gerente de Arquitetura de TI

3 a

Só quem já atuou em empresas "intolerantes aos erros" sabe bem como elas são tóxicas. Com ambiente hostil, acusações e tentativas de defesas constantes. O foco nelas é encontrar o culpado e não melhorar os processos.

Josiane Ferreri Castor

Mentora, Planejadora Financeira e Consultora Empresarial

7 a

👍🏻👍🏻👍🏻 vou recomendar a leitura.. Rs..

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