Se você tem que provar ser um líder, você não é um líder

Se você tem que provar ser um líder, você não é um líder

Que triste é ver um executivo marcando território pela força ou através do grito.

Em plena era da experiência, da escassez de talentos, em tempos em que a atenção é ouro, é preciso saber exercer o papel de liderança. Ou você é líder ou é chefe.

"Ser poderoso é como ser uma dama. Se você precisa dizer que você é, você não é." - Margaret Thatcher

Depois de atender mais de 500 empresas, nestes quase 14 anos como mentora, palestrante e treinadora de líderes e equipes, ficou evidente para mim o quanto um líder puxa para cima ou para baixo uma equipe.

Há uma relação direta entre os níveis de autoconsciência de um profissional e o grau de influência que ele alcança, e claro, consequentemente, do impacto sobre a performance e resultados da sua equipe ou dos profissionais ao seu redor. Influência positiva gera excelência. Influência negativa gera decadência.

O atual contexto dos negócios não tolera nem perdoa gestores que ainda insistem em conduzir uma equipe no grito. A não ser em ambientes com cultura tóxica, em empresas fadadas à extinção. A era dos dinossauros acabou, caso alguém ainda não tenha percebido.

Quer saber quais as competências chave do líder na era do Marketing 5.0 e da Liderança Adaptativa? Eu te conto.

Um líder eficaz deve possuir habilidades de inovação e criatividade, afinal, um líder de verdade não fica parado no tempo. Isso é coisa de chefe. Em tempos de gestão 4.0, de um marketing cada vez mais digital e orientado por dados, é preciso se atualizar constantemente.

Outra competência fundamental é a a inteligência emocional. Tão falada, desde 1994, com a publicação de Daniel Goleman e ainda pouco difundida nos ambientes organizacionais mais tradicionais, onde reinam os chefes. A Inteligência Emocional é fundamental para entender e motivar equipes diversas, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo.

Adaptar-se é preciso! Por isso a capacidade de adaptação é vital, permitindo que o líder responda rapidamente às mudanças do mercado e às necessidades dos consumidores. Dela nasceu a Liderança Adaptativa, que é a capacidade de guiar equipes através de mudanças complexas e incertas, ajustando estratégias e abordagens para enfrentar desafios emergentes de forma eficaz e inovadora.

A visão estratégica é outra das competências vitais para um líder dessa era. Ela ajuda a alinhar as ações da equipe com os objetivos de longo prazo da organização.

Outra competência básica é a comunicação eficaz, que garante que todos os membros da equipe estejam informados e engajados.

Essas competências não apenas melhoram o desempenho da equipe, mas também impulsionam a inovação e a resiliência dos negócios em um mundo em constante evolução.

Veja que não estou trazendo nada de extraordinário, em tese, mas que no dia a dia desafiador de uma organização, tenha ela o tamanho e complexidade que for, ainda parecem tão difíceis de assimilar e aplicar. Por isso, se você quiser ser um líder, em lugar de um chefe, treine-as com dedicação e todos os dias pratique os princípios destes conceitos.

As pessoas estão perdidas em meio a tanta informação. Mais do que nunca elas precisam de alguém que as guie, ajude-as a organizar suas prioridade, mostre a elas um caminho e que desperte nelas algum senso de ambição.

Se você não souber para onde está levando a sua empresa, o porquê que sustenta e move suas ações e nem sabe despertar nelas o senso de evolução e conquista, examine a sua consciência e motivações. Construa essas respostas primeiro para você, depois poderá ser um líder de verdade e não terá mais que ficar se desgastando diariamente tentando provar que é um líder. É cansativo demais tentar conduzir pessoas e negócios na força do braço ou no grito.



Vanessa Milis é palestrante, treinadora, mentora e especialista em dar vida para Culturas Organizacionais. 
Contrate através do e-mail vanessa@vanessamilis.com.br ou através do Whatsapp 48 99188-5226.         


Boa reflexão, liderança é uma aptidão nata, na minha opinião o ponto de partida é sobre estar bem consigo mesmo, depois aprender sobre a cultura, para poder ajustar a vela e tocar o barco

Parabéns Vanessa. Muito bom artigo. Realmente existem os líderes que estímulam o processo criativo, mas também os que bloqueiam a criatividade de sua equipe. Aqueles que desejam se conhecer e aprimorar seus conhecimentos para conseguirem ser "líderes" de fato, e os que não tém nenhum interesse em se melhorar enquanto líder. Parabéns pelo teu belo trabalho.

Keity Fogaça

Gerente industrial l Química industrial l Lean manufacturing I Produção I Qualidade I Assuntos regulatórios

2 m

Oi, Vanessa! Gostei muito do seu texto. Tenho refletido bastante sobre os diferentes estilos de liderança e observo, em várias situações, pessoas tentando liderar sem o conhecimento técnico adequado, sem desenvolver inteligência emocional e, muitas vezes, sem estarem alinhadas com a cultura organizacional, desconsiderando até a história e os valores da empresa. Confesso que me questiono sobre o quanto a liderança é realmente treinável. Aprimorar habilidades em alguém que já possui o potencial de liderança, sim, isso me parece viável e essencial. No entanto, transformar uma pessoa que não tem a essência de um líder em um verdadeiro líder pode ser equivalente a tentar remediar uma fratura grave com um simples curativo. Me deixe saber sua opinião sobre isso, talvez eu esteja enganada…

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