Seguros Sob Demanda: O futuro dos seguros de automóveis
Olá! Este é o meu primeiro artigo, então deixe eu me apresentar:
Meu nome é Ivo Garcia, sou profissional de TI desde 1991 e tenho atuado exclusivamente em seguradoras desde 2006. Sou apaixonado pelo setor de seguros e por TI.
Não tenho a menor intenção em ser o dono da verdade e certamente cometerei alguns erros em meus artigos. Conto com você para discutirmos, corrigirmos estes erros e aprendermos um com o outro.
Vamos aos fatos:
Como serão calculados os seguros de automóveis no futuro?
Primeiramente vamos pensar em algumas coisas que já estão em pauta: veículos autônomos, economia compartilhada e telemetria.
Em nível macro, o seguro de automóveis é calculado de acordo com o valor do veículo x taxa + despesas + impostos.
A taxa varia de acordo com o risco de sinistros como colisão, furto e roubo e, para calculá-la, é avaliado, entre outros fatores, o perfil do condutor do veículo (onde mora, onde estaciona, como é o estacionamento, área de circulação, se estuda, idade, sexo, etc.)
Agora começa a ficar interessante...
Veículos Autônomos
Se o veículo é autônomo, como será a avaliação do perfil? Um motorista de 18 anos e um de 40 anos teoricamente oferecem o mesmo risco, pois não é um ser humano que está dirigindo. Um homem e uma mulher, idem. O que mudaria neste caso seria a área de circulação, fato que poderia aumentar o risco de roubo, por exemplo. Uhn... Mas se o veículo é autônomo, ele é acompanhado por satélite e teoricamente teria dispositivos que impediriam o roubo, ou pelo menos reduziriam este índice.
Economia Compartilhada
Vamos abordar agora a economia compartilhada, onde a pessoa tem a posse do veículo por um determinado tempo. Mais uma vez caímos na questão do perfil. Se o veículo é compartilhado por pessoas com o mesmo perfil, não há problemas, basta ratear o prêmio entre os “proprietários” ou algo do tipo, mas e se não forem?
Telemetria
Você já se perguntou por que toda vez que você entra em algum site aparece uma oferta de algum produto? Pois é... Isso se deve à captura de informações através do seu computador, tablet ou celular. Sempre que você acessa algo, o seu perfil de consumo é capturado e as informações utilizadas para te oferecer produtos ou serviços. Isso não é telemetria, é apenas captura de informações de navegação.
Agora... E quando você está em um lugar, onde não acessou um computador, tablet ou celular e o Google pergunta como foi sua experiência? Isso é telemetria!
Praticamente toda a população brasileira possui um smartphone e ele é o grande responsável por saber onde você está através da geolocalização. A não ser que você esteja com ele desligado, sua localização é obtida e esta informação é essencial para o futuro dos seguros de automóveis, pois em tempo real é possível saber onde você está, a que velocidade você está se movendo e, se um trajeto foi sugerido, se você está cumprindo com o combinado.
Se no futuro não teremos as formas tradicionais de taxação, pois os veículos serão autônomos e/ou compartilhados, o que fazer?
Sob Demanda
Em minha humilde opinião, a solução chama-se “Seguros Sob Demanda”. Explico: Ao invés de pagar um seguro anual, cobrindo incêndio, danos materiais, roubo, furto, alagamento e etc., pagaremos um seguro por trecho viajado, cobrindo o que for necessário. Quando você for iniciar uma viagem, identificará o destino através de um aplicativo no celular, realizará uma auto-vistoria para mostrar que o veículo existe e está em perfeito estado, receberá os valores dos seguros, escolherá e pagará de forma online e estará coberto neste trecho. Se o trecho não tiver histórico de roubo, por exemplo, o valor do seguro (prêmio) para esta cobertura será baixo. O mesmo vale para risco de alagamento, roubo, furto, etc. Imagine: a previsão do tempo indica que não há risco de chuva. Para que contratar a cobertura de alagamento?
Ok, mas e o veículo autônomo? Oras, se o condutor for humano, o perfil dele será analisado para aquela viagem, resolvendo a economia compartilhada, se o condutor for um robô, o software será avaliado de acordo com seu histórico.
Por tabela resolveríamos um paradoxo: Atualmente se o veículo está estacionado em um local com seguro, por que não ter um desconto referente a este período no seguro anual pago? Alguns vão dizer que isto está contemplado no questionário de risco, preenchido no momento da cotação, onde a quilometragem rodada e o local de estacionamento são levados em consideração na taxação. Será?
Enfim, muitos dados, muita informação online, será que é possível implementar? A resposta está atrelada a Big Data e AI (Artificial Intelligence), mas isso é assunto para outro artigo!
#seguros #inovacao #futuro #seguroauto
SobControl - Social Intelligence
6 aÓtimo artigo, Ivo! Só o futuro que não está nada distante irá dizer o futuro de seguros para autos. Mesmo com carros autônomos e Ai ainda temos grandes riscos das coisas só redor.
Liderança | Planejamento Marketing | Planejamento Comercial | Data Driven | Gestão de negócios | Seguros | Professor em Administração
6 aEvelyn SM Thiago Chagas Cruz Douglas Torres Macedo
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6 aLilian Bressan Vanessa Rodrigues