Seja inteligência ou adaptabilidade, a diversidade de pessoas pode ajudar com o "X" da questão...
Hoje li uma postagem que me chamou atenção. Falava sobre a importância de diversidades dentro das organizações, explicando que sua presença poderia "incentivar o re-balanceamento social no mercado de trabalho para compensação de heranças históricas e também de "oxigenar" as ideias dentro de um grupo. Pessoas de uma mesma origem tem o mesmo mapa de referências, portanto seus pensamentos seguem lineares."
Já tinha lido/ouvido que equipes diversificadas e multidisciplinares tendem a trazer melhores resultados, justamente por conta dessas diferenças na forma de pensar, e comecei a pesquisar coisas sobre o tema. Cheguei numa matéria da revista Superinteressante que questionava o que seria "inteligência" - segue link.
A matéria conta que durante a evolução, animais que reagiam automaticamente por determinado estímulo, começaram a repetir apenas os movimentos mais eficazes na luta pela sobrevivência. Então, tivemos algum "estalo", e percebemos que se fizéssemos uma armadilha para pegar algum animal, não teríamos apenas que correr atrás dele para nos alimentarmos. Seríamos mais eficientes, eficazes e também, teríamos uma solução mais "inteligente".
Esse "talento para identificar acertos" é a origem da "aprendizagem". Suas vantagens fizeram com que buscássemos o maior e mais versátil cérebro. Para isso, criaram-se testes de Q.I., que em algum ponto poderia, como sugestão, ser completado por teorias de Inteligencia Emocional, e Teoria das Inteligências Múltiplas. Essa última afirma que nossa inteligência é o resultado de oito processadores mentais diferentes: lógico-matemática, linguística, musical, espacial, físico-cinestésica, interpessoal, intrapessoal, naturalista.
Enquanto as teorias questionam uma à outra, resolvi trazer todas para dentro de uma empresa; afinal são formadas por pessoas de todos os tipos e das mais diversas histórias e experiências de vida. Pela última teoria, a pessoa que tem um "processador musical" aguçado pode pensar de forma diferente de um esportista, que terá o processador "físico-cinestésico" mais aflorado, e ambas estão nas empresas resolvendo o mesmo problema com dados e inputs. Parece-me quase que obrigatório que pensem de formas diferentes, e isso é tão benéfico quanto ideal porque elas perguntam coisas diferentes.
Hoje estamos tendo que reinventar uma série de processos e padrões, sim, pelo já clichê: revolução tecnológica e de inteligência artificial. Mais do que justo se considerarmos que tivemos novamente um aumento na velocidade de informações, como já aconteceu na revolução industrial e na globalização. E assim como as duas anteriores, ela também trouxe uma série de mudanças comportamentais e de consumo na sociedade; portanto as empresas também devem refletir isso por questão de sobrevivência.
Claro que não vão pedir para ninguém cantar ou correr uma maratona, mas são essas pessoas que precisam tomar decisões com um racional bem definido. E a melhor forma de testar os teoremas, é justamente "diversificando" as perguntas, trazendo diferentes cérebros com diferentes aptidões e formas de pensar. Então, tirando o preguiçoso, crie espaço para pessoas de outras indústrias, com outras histórias, hobbies, bairros e vida.
O grande acerto pode vir justamente de alguém muito atento com algo diferente para questionar...