Sempre que uma nova geração chega ao mercado de trabalho, mudanças acontecem.
O que é a vida senão uma caminhada de fé? Sem fé, não levantamos da cama. Não atravessamos uma rua. Não nos abrimos numa conversa. Não fazemos amigos. Não nos permitimos para o novo. Não arriscamos uma tatuagem. Não nos dispomos a uma viagem. Não criamos um filho. Sem fé, não nos entregamos ao amor. Por que, então, seria diferente quando nos lançamos em nossas jornadas profissionais?
Hoje, se somos, de fato, resultado das nossas escolhas, cada experiência profissional é única, impossível de ser repetida com igual intensidade, pois está, intrinsicamente, relacionada à própria vivência individual. Mas, o que nos move além do “ganhar dinheiro”? Ao fim de nossas carreiras, ao olhar para o que foi feito, o que queremos deixar de real legado? Como os novos hábitos de comunicação, em grande parte atrelados à transformação digital, têm impactado os ambientes organizacionais a ponto de obrigarem as empresas a modificarem suas relações entre empregados e o trabalho em si, atribuindo um novo significado ao que se faz para ganhar o pão de cada dia?
“Acreditar que uma empresa existe somente para lucrar é como afirmar que todo o objetivo do ser humano se limita a comer”, contextualiza, de um modo bem simples, o empresário Flávio Rocha, no prefácio da edição brasileira do livro Capitalismo Consciente, de John Mackey e Raj Sisodia. O que desejam os jovens profissionais quando fazem suas buscas por empresas? Em que depositam suas crenças profissionais no período mais produtivo de suas vidas? E o que as companhias, hoje, têm a oferecer além do salário e benefícios?
Em razão da aplicação dos nossos serviços direcionados à comunicação com empregados, tenho estudado as diferentes culturas organizacionais das empresas clientes e seus respectivos hábitos comunicacionais. Nesse sentido, presencio, com um olhar mais aguçado, os impactos que as mudanças da sociedade provocam de fora para dentro e, em especial, as reações de cada empregadora diante desse (ainda pouco conhecido) novo cenário.
De um lado, há aquelas companhias que apresentam um alto engajamento e se beneficiam dos resultados proporcionados. No outro extremo, estão as mais tradicionais, resistentes às mudanças, cujos líderes mantêm sua crença de que o sucesso do passado e os bons números do presente garantirão o futuro que já bate à porta. No meio, existe uma enorme parcela de empresas que se move, testa, erra e aprende porque tem a consciência de que não fazer nada também é uma decisão.
Segundo um estudo realizado em 2015, por John Olin, School of Business, Washington University, 40% das empresas listadas na Fortune 500 daquele ano deixarão de existir até 2025. É um dado, no mínimo, assustador para organizações que, simplesmente, optam por não fazer nada. Aqui, abre-se um espaço consolidado para que comunicadores internos sejam consultivos em processos de gestão de mudança e internalização da cultura desejada. A boa notícia é de que há um campo enorme de atuação para quem quer se lançar nesse desafio diário.
Quer saber mais? Confira a segunda parte do artigo no blog da Supera: https://bit.ly/ArtigoSupera_JoseLuis
Esse trecho foi retirado do capítulo “A força transformadora dos millennials e a nova relação com o trabalho” do livro “Diálogos Supera: uma coleção de experiências para aprimorar a comunicação com empregados” da Editora In House.