Será que estamos sendo justas com nós mesmas?
Antes, eu ia todo dia para o consultório, atendia as minhas clientes e fazia todas as outras tarefas relacionadas ao meu trabalho. Mas, as coisas mudaram. Hoje, não tem mais o “ir até o consultório”. Hoje, eu já acordo no meu trabalho. E, assim como eu, muitas pessoas estão passando por essa mudança.
As coisas mudaram, fato! No entanto, as coisas mudaram em uma velocidade que fica um pouco difícil da gente acompanhar, né? E como a gente se adapta a isso? Será que dá para a gente se exigir da mesma forma como quando tudo estava normal?
Ontem, eu falei um pouco disso nos stories e esse é um assunto que ando debatendo muito com amigas, familiares e clientes. Nós estamos em quarentena voluntária (quem pode, na verdade), vivendo uma pandemia. Angústia, ansiedade, incerteza, impotência e insegurança estão em alta. Será que é justo com nós mesmas nos exigirmos a mesma produtividade de antes?
Será que é justo a gente esperar que façamos as coisas da mesma forma como antes? Como se nada tivesse mudado, apenas o ambiente de trabalho? Acho que eu e você já sabemos a resposta, né?
Autocuidado nunca se tornou tão essencial como nos dias de hoje. Autocuidado no sentido de não sermos más com nós mesmas. Autocuidado para nos olharmos com um olhar mais bondoso. Autocuidado para entendermos os nossos limites. Autocuidado para preservarmos a nossa saúde mental. Autocuidado para entendermos que não existe uma cartilha a ser seguida em momentos como esse. Autocuidado para lembrarmos de respirar e não sermos engolidas por tudo isso.
Então, toda vez que você se pegar se exigindo mais produtividade ou se comparando com os padrões pré-quarentena, lembre-se do autocuidado. Que isso seja um lembrete para mim e para você!
Fonte: Blog da Ana Mansur