SETORES QUE MAIS CRESCEM NA CRISE. OPORTUNIDADES DE RIQUEZA PARA O PAÍS.
fonte: www.powerfundingllc.com

SETORES QUE MAIS CRESCEM NA CRISE. OPORTUNIDADES DE RIQUEZA PARA O PAÍS.

Por pior que sejam os nossos representantes no cenário político, uma coisa eles não são capazes de interferir; nas leis de mercado. E ainda bem.

Vimos ao longo da última década governos se esforçarem ao máximo para controlarem os mercados com intervenções do estado. Controlar o mercado significa acreditar que a "laissez faire" é ineficiente para promover as mudanças globais e que ela, a "mão invisível"proposta por Smith é uma lenda.

Para a enorme sorte do nosso país, controlar a interação ou fluxo natural dos mercados é tão tolo e inútil quanto achar que se pode controlar toda a natureza do globo intervindo em alguns fatores biológicos.

Não vamos aprofundar muito nesse assunto - que é amplamente vasto - para não fugirmos do nosso tema.

As alterações no câmbio internacional afetaram diretamente nossa moeda e a colocou a uma forte desvalorização - acima de R$ 4,00 no dia 04 de Janeiro - e colocou imediatamente os pessimistas de plantão a fazerem suas projeções - acertadas sob diversos aspectos - míopes, porque se um lado da economia é prejudicada com a elevação do dólar, outros lados são muito beneficiados.

Vejamos porque. 

Quando o real se desvaloriza, nossos produtos se tornam mais baratos para se adquirirem no exterior. Ao mesmo tempo, essa desvalorização aumenta a margem de lucro das empresas exportadoras no momento da conversão para a moeda local.

Setores como o de Celulose e Papel, Carnes e Laticínios, Soja, Milho, enfim, produtos agrícolas, e mesmo o ferro e o aço se tornam mais baratos para os mercados globais, e mais rentáveis para os produtores internos. Com efeito, 2015 o Brasil bateu recordes de produção de grãos estimulado pela perspectiva de um câmbio mais atraente. O dólar mais caro, estimula ainda mais o agricultor e o pecuarista, além das indústrias envolvidas nesse sistema conhecido como Agronegócio, a ampliarem suas produções com vistas a ganharem mais mercado internacional.

Também é certo que empresas com dívidas em dólares sofrem uma grande pressão e, se neste caso, ela adquiriu bens de produção, máquinas e equipamentos para alavancar a produção interna, essa empresa tem uma piora da sua situação financeira, com perda de margem de lucro, aumento dos custos de produção e piora dos índices de retorno sobre o investimento.

Mas se esta empresa é exportadora, mesmo com aumento da dívida em dólares, ainda há margem  de ganhos, pois o aumento do volume das exportações permitirá não só o pagamento do investimento do maquinário, como também amplia a margem de lucro, uma vez que os custos de produção permanecem os mesmos na moeda local.

Com estas commodities de primeira necessidade mais baratas para o mundo, as exportações crescem, a balança comercial fica favorável ao país, essas empresas passam a contratar mais mão de obra para atender a demanda mundial - pois os menores índices de crescimento para os países mundo afora são todos superiores a 1,2%  - e esse aumento de mão-de-obra gera renda que será destinada ao consumo das famílias.

Outros setores do nosso país só não se beneficiam mais porque não tem ousadia em investir em pesquisa e desenvolvimento nas grandes universidades do país, em uma parceria benéfica a todos. Querem um exemplo;

Com a elevação do dólar, o trigo fica mais caro e todos os alimentos derivados do trigo encarecem, pressionando a inflação. Uma empresa com grande visão de mercado poderia apostar em pesquisa e desenvolvimento para gerar aqui no país um subproduto que substituísse em mesmo nível o trigo.  Em momentos como este, esta empresa estaria dando risada, porque teria um forte produto substituto tomando conta do mercado interno.

Outro exemplo?

Caso nossa presidente não tivesse cometido um dos maiores crimes da história do país, que é abandonar o programa do etanol brasileiro, o biodiesel , hoje o país não só estaria na vanguarda mundial, como seria a hora dessas empresas colherem todos os frutos plantados. Com o aumento do dólar, os derivados para a produção de gasolina no Brasil sobem, encarecendo a produção. A Petrobrás compra mais caro e não repassa o valor ao mercado, o que a leva a prejuízos acumulados enormes, derrubando ainda mais seu valor de mercado. Em momentos como este, o etanol a base de diferentes produtos agrícolas estaria substituindo com louvor grande parte desta gasolina. Agora, como no caso da cana-de-açúcar, em que muitas usinas foram desativadas, o efeito é negativo: como a oferta será menor que a demanda, o preço do álcool tende a subir tanto quanto a gasolina, no momento em que este for utilizado em maior escala como produto substituto.

Outro setor que se beneficiaria muito é o que produz fertilizantes e agrotóxicos - que na sua ampla maioria é importado e ainda alguns são proibidos em outras regiões do mundo. Temos uma equipe de cientistas respeitadas no mundo inteiro, que com investimentos adequados em ciência e tecnologia poderiam estar desenvolvendo agrotóxicos nacionais menos agressivos às plantações e ao ser humano. A produção nacional destes insumos baratearia os custos de produção no campo nesse momento de alta do dólar, tornaria os produtos nacionais ainda mais competitivos e geraria indústrias milionárias no médio prazo.

E olha que nem citamos aqui o investimento em educação de qualidade. Se nossos jovens saíssem do ensino médio hoje já capacitados tecnicamente e com o idioma inglês no nível intermediário, toda a cadeia que participa do processo logístico voltado a exportação teria um salto enorme de eficiência e melhores resultados: mão-de-obra mais qualificada, com menor custo de treinamento pela empresa, melhor resultado operacional, menores desperdícios e perdas geradas pela ineficiência no trabalho, enfim, um enorme salto de qualidade que nos colocaria em condições dos melhores centros logísticos do mundo.

O setor de eventos, feiras e exposições, hotelaria e turismo com esta mão de obra qualificada geraria muito mais renda e seria muito mais atrativo ao turista, que teria segurança em se hospedar no país e se deslocar nele.

Por falar em turismo, com a elevação do dólar, fica mais atraente vir ao Brasil - as Olimpíadas estão aí ! - porque comparada a sua moeda, tudo aqui é pelo menos duas vezes menos. O turismo fica mais barato para quem vem de fora, e muito mais caro para o turista nacional. Esse mesmo efeito acontecerá com todos os produtos essenciais que passarão a ser mais exportados. O açúcar é um exemplo disso. Se produzir álcool for mais vantajoso para o mercado, o desabastecimento de açúcar levará a sua alta nos preços. E assim sucessivamente com os demais produtos. Aí a inflação vai muito além do teto da meta !

Ainda tem o setor de tecnologia voltado ao setor hospitalar. É cômico termos 95% da reserva de Nióbio do planeta - usado desde a fabricação de componentes de foguetes da Nasa a até componentes de equipamentos de ressonância magnética por exemplo - e não termos a tecnologia para a produção e exportação destes bens industrializados. E o pior, pagamos muito caro para adquirir estes equipamentos dos países aos quais exportamos esta matéria-prima - principalmente Inglaterra e Alemanha).

Se você leitor chegou até aqui, pode perceber que para sermos potência mundial em muitos aspectos não seria tão difícil. Percebeu também as enormes janelas que estão abertas a espera de empresas nacionais que consigam fazer os produtos substitutos para livrarem o país da dependência externa.

Se você leitor, fala inglês fluentemente ou tem uma segunda língua forte (espanhol, alemão, mandarim e japonês) comece a vislumbrar estes setores e cidades no país distantes de São Paulo. Em momentos como este, com certeza será a sua hora de ganhar muito dinheiro e até melhorar a qualidade de vida em cidades como estas.

A crise sim existe, mas essas opções da curva de possibilidades de produção permite a muitos setores faturarem como nunca, enquanto outros minguam seus resultados.

Tenha em mente caro leitor, que, independente do seu ramo de negócios, sua empresa pode sair muito fortalecida se mirar em ter na sua cartela de clientes, empresas que estejam na onda da exportação. 

Mesmo que a China sofra uma desacelaração e o mundo cresça a taxas menores, qualquer 0,5% de crescimento nesses países demandam maior consumo de bens primários, nos quais somos líderes em alguns produtos e no máximo 5º lugar em outros.

Veja então que, com política ou sem política, o mercado se ajusta precisamente - até que um novo colapso o desequilibre - basta não aparecer nenhum maluco querendo fazer ajustes a força no câmbio, taxas de juros, congelamento de preços ou tabelamento dos mesmo, etc.

De resto, nós e o mercado sabemos resolver muito bem, basta nenhum governo atrapalhar .

Jaqueline Ramos

Corretora de Imóveis na Construtora RJZCyrela ,Living Construtora e Vivaz Residencial

8 a

Bom, embora bem genérico.

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos