Shiitake: um cogumelo como alternativa benéfica para a alimentação, a saúde e a sustentabilidade.

Os cogumelos, com sua variedade de espécies, têm conquistado um espaço notável no cenário global da alimentação e agricultura. Entre essas variedades, destaca-se o Lentinula edodes, conhecido popularmente como Shiitake, originário do leste da Ásia, especialmente no Japão, China e Coreia.

Sua crescente popularidade no Brasil e no mundo não se deve apenas ao seu sabor marcante na culinária, mas principalmente aos benefícios nutricionais e medicinais que oferece. Abordaremos um pouco sobre o crescimento do Shiitake como uma fonte promissora tanto na agricultura familiar quanto na indústria alimentícia, destacando suas características distintivas e seu papel crucial na promoção de práticas agrícolas sustentáveis.

O cogumelo Shiitake é conhecido, não apenas como um ingrediente culinário apreciado mundialmente, mas também por apresentar uma variada solução para desafios agrícolas e de saúde. “Possui natureza carnosa, rica em proteínas, vitaminas e sais minerais, o qual é utilizado na medicina” (EMBRAPA, 2017, p.70).

Além disso, o cultivo sustentável do Shiitake, utilizando resíduos agrícolas de baixo custo, destaca-se como uma abordagem eficiente que além de reduzir custos, também contribui para a gestão responsável dos resíduos, já que este cogumelo pode ser cultivado em substratos feitos com resíduos agrícolas de baixo custo, como serragem, bagaço de cana, farelo de arroz, aproveitando os recursos disponíveis e gerando renda para os produtores. Sua produção pode ser feita através de um tecido do próprio cogumelo, e a forma de cultivo de shiitake mais utilizada no Brasil é a produção em toras de madeira, sendo as espécies de Eucalyptus as mais usadas.

Na agricultura pode ser capaz de combater os fungos que causam doenças nas folhas do sorgo, graças às suas substâncias antibióticas, por exemplo. Esse fungo tem um grande potencial para ser usado como um protetor biológico dessa cultura. Além disso, o cultivo de cogumelos pode ser feito junto com o de sorgo, favorecendo uma agricultura mais ecológica (PICCININ et al., 2010).

Portanto, o Shiitake se destaca além da culinária, apresentando-se como uma resposta aos desafios da agricultura e na busca por alimentos mais saudáveis. Seus diferenciais na produção agrícola e no fortalecimento do sistema imunológico destacam-no como um ativo valioso. Ao cultivar o Shiitake, não apenas agradamos nosso paladar, mas também promovemos práticas agrícolas ecológicas e a saúde. Com a crescente demanda por uma alimentação saudável, sustentabilidade e sabor, o Shiitake se torna indispensável na mesa e nos campos agrícolas.

Fonte: Embrapa

Aline Aparecida da Silva