#Signwars, a guerra das placas
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#Signwars, a guerra das placas


Já ouviu falas das #signwars? Essa a galera de OOH vai curtir.

Nos Estados Unidos, os comércios de beira de estrada usam letreiros como os dos antigos cinema, com letras destacáveis para formar frases, geralmente com ofertas de ocasião. Em um desses rincões de lá, um improvável diálogo travado via placas entre dois rivais de lados opostos na rodovia provocou uma onda, com inúmeros segmentos usando a briga para embarcar na trend e tirar uma casquinha do espetacular engajamento.

Tudo começou quando Samuel Turnage desejou “Feliz aniversário, Jeff” a seu pai, usando a placa em frente ao seu restaurante, o Ioanni’s Grill & Bar em Morehead City, no litoral da Carolina do Norte, em meados de julho. Na correria da temporada de verão, não deu tempo de mudar a placa. Passaram as férias, entrou agosto, apontou setembro e a mensagem permanecia lá. Foi quando o vizinho Clarke Merrell, dono de Dank Burrito, do outro lado da rua, decidiu escrever em seu próprio letreiro: “Ioannis, larga de ser preguiçoso, mude sua placa”.

Pois teve réplica (e bem malcriada), quando Turnage mexeu suas letrinhas e respondeu: “Não somos preguiçosos, só mais ocupados que você”. Pra quê? Outras empresas perceberam a confusão e entraram na briga, que já começava a viralizar. A loja de caça e pesca, EJW Outdoors, usou sua placa para mandar um trocadilho provocador para um dos envolvidos: “Gente, precisamos de taco (talk) sobre isso?” No Prime Bistrô, também de propriedade de Merrell, apareceu uma placa que dizia: “Boys do we need to have a meat-ing?” (recomendando uma conversa, escrevendo “meeting” com “meat”, a carne do cardápio).

A coisa foi longe. O Hospital Veterinário Morehead aderiu à brincadeira com sua placa: “Not enjoying #signwars? That is un-fur-tunate” (batizando a coisa toda, e usando “fur", que é pêlo, para “lamentar" o ocorrido). A Hope Mission, organização sem fins lucrativos que oferece abrigo, alimentos e apoio a pessoas necessitadas, escreveu mensagem direta para os restaurantes em disputa: “Dank & Ioanni's tragam suas sobras para nós”.


"tragam suas sobras para nós”

Logo, a Igreja Glad Tidings escreveu em sua placa: “Ioanni’s & Dank lettuce break bread together Sunday at 10AM”, com outro trocadilho, esse usando a sonoridade de "lettuce" como “let us”, convidando para um tratado de paz na missa de domingo. "Lettuce"(alface) também diz respeito aos estabelecimentos da origem da escaramuça, que são do ramo alimentício. Nessa salada, a oficina da cidade, Beachview Auto Service, entrou em campo mirando o mesmo trocadilho: “Ei, Dank, lettuce consertar seu caminhão”.

Até o momento, cerca de uma centena de empresas e organizações aderiram às #signwars, incluindo hospital, bombeiros, polícia e até a companhia elétrica. A onda transbordou para cidades vizinhas. O Gaffer’s of Emerald Isle, restaurante na cidade próxima, se uniu à Carteret County Public School Foundation para organizar uma vaquinha online, visando pagar dívidas de almoço dos estudantes do distrito. O grupo esperava arrecadar US$ 10 mil, mas mais que dobrou a meta, arrecadando por enquanto mais de US$ 20 mil em doações.

Quem não tinha letreiro também entrou na história. E, daqui para a frente, os trocadilhos impedem tradução. Stephanie Bise, moradora da cidade, está vendendo uma camiseta com imagens das placas usadas nas #signwars e encaminha todos os lucros para causas locais. O Karma Cookies and Café pôs um quadro-negro na calçada e escreveu: “Hey guys can you quiche and make up? Come to Karma and share a cookie together”. O posto de gasolina colocou uma faixa: “Don’t let Dank and Ioanni’s give you gas. Leave that to us!”

E agora, na sua quinta placa, o provocador original, Clarke Merrell, avaliou o “silêncio" do oponente como admissão de derrota: “Taco break Dank y’all are losing the war.” Ao que o restaurante do Ioanni respondeu, com luzes à noite: “Took a break our empty sign was still more popular than yours” (nossa placa vazia foi ainda mais popular que a sua).

Quem ganhou a guerra? Pelo menos quem ganhou cartaz foi a pacata Morehead City, com seus cerca de 10 mil habitantes, agora mundialmente conhecida por seu peculiar bom-humor.

"nossa placa vazia foi ainda mais popular que a sua"


o mundo tá se cansando do excesso digital

Vanessa Torres

Professora Universitária - Economia Comportamental - Marketing e Publicidade - Consultoria

3 m

Muito legal!!!

Vanessa Torres

Professora Universitária - Economia Comportamental - Marketing e Publicidade - Consultoria

3 m

Muito legal! Não conhecia!!!

Ae João Paulo Pitanga vcs q curtem OOH aí na MP Publicidade olha essa história

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