Situação do mercado de saúde suplementar: desafios das operadoras de planos de saúde

Situação do mercado de saúde suplementar: desafios das operadoras de planos de saúde

O momento econômico que ora vivemos no Brasil é muito complexo e suas consequências para a economia são tão diversificadas que é comum inibir a apresentação de prognósticos para os próximos anos. Em momentos de baixa no mercado, as empresas que têm uma boa estratégia e processos internos bem estruturados sobressaem e superam esta fase sem grandes prejuízos e até criam novas oportunidades.

Tal cenário repercute igualmente no setor da saúde suplementar, que sofreu decréscimo no número de beneficiários de planos de saúde médico hospitalar nos últimos três anos, no entanto, em 2018, os indicadores demonstraram uma reação consistente do setor. Essa dinâmica tem relação com os custos do sistema de saúde, portanto, é importante reduzir para manter a estabilidade do setor, sem prejudicar a melhoria no cuidado ao paciente.

É importante aplicar uma gestão mais profissional por parte de todos os envolvidos. Embora seja comum dedicar mais investimentos para a melhoria da saúde, é necessário também investir na redução do desperdício. 

Pela minha experiência em empresas do ramo, operadoras de planos de saúde têm seu resultado comprometido, principalmente, devido aos processos não padronizados, as falhas de controles internos e a baixa capacidade de gestão dos riscos que comprometem a operação, prejudicam a assistência aos beneficiários e aumentam a sinistralidade. Além disso, o excesso de burocracias e regulamentações que restringem a operação das forças de mercado. 

Para vencer o desafio do risco de insolvência e descontinuidade das operações, é fundamental o aperfeiçoamento na adoção de boas práticas de gestão para garantir agilidade nos processos, integração de informações e implementar procedimentos automatizados. Além disso, o advento da tecnologia pode contribuir para que os profissionais do setor tenham disponíveis informações e prontuários mais completos e integrados, que irão suportar a tomada de decisão e consultas rápidas.

Em conclusão, o futuro da saúde passa pelo uso da inovação e tecnologia para redução de custos no sistema de saúde, redução dos desperdícios e melhoria na qualidade do cuidado ao paciente.

Vou

Flávio Augusto Oliveira

Analista de planejamento | CNI - Confederação Nacional da Indústria

6 a

Muito bom!

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