Sobre acreditar, focar e respeitar a própria história

Hoje quero contar para você uma pequena parte da minha vida. Uma das minhas irmãs nasceu com má formação nos rins e ficou “morando” em hospitais por mais ou menos 1 ano. Esse fato aconteceu no mesmo período em que eu fazer os tão sonhados 15 anos e início do ensino médio, começava a saga preparatória para a primeira prova do SAS/UEG (avaliação seriada, 1 prova para cada ano do ensino médio). Conciliar o medo em perder minha irmã, a responsabilidade de “a mais velha da casa” ajudar a tocar a vida da casa sem minha mãe lá e a obrigação escolar era bem desafiador. Eu não era médica para descobrir a solução para minha irmã, não tinha poderes para fazer milagres, ajudava no que minha mãe ia orientando, no que diz respeito a “cuidar da casa” não era fácil e nem perfeito, afinal eu nem tinha muita noção do papel que minha mãe executava e era impossível substituir. A minha opção era me dedicar naquilo em que eu tinha certeza que poderia fazer bem: MEUS ESTUDOS.

Nesses últimos dias, refletindo sobre o que sou, consigo entender o que esse fato me trouxe de tão precioso.

Foco – No momento que coloquei na cabeça que seria uma das melhores alunas e ajudaria a diminuir a dor de outras pessoas com isso. ME FIZ UMA DAS MELHORES ALUNAS.

Acreditar em mim – se eu não acreditasse em mim, quem mais iria acreditar?

Dar importância ao que importa – naquele momento, o mais importante, era minha irmã em casa, nenhuma festa de arromba me traria tanta satisfação quanto ela no meu colo. Fizemos a missa em ação de graças pelos meus 15 anos.

Precisamos respeitar a nossa própria história e aproveitar o que ela nos ensinou, talvez você não entenda naquele momento, mas um dia ela ajudará a entender muito de você e o que tem de mais especial.

O que te conto aconteceu há 12 anos e, a pouco tempo, consegui entender em que me ajudou e quais qualidades ganhei e que deixei adormecer!

Convido você a pensar na sua história:

Quais foram os momentos marcantes (seja bons ou ruins) e o que eles te ensinaram?

O que aconteceu de tão importante que te fez esquecer essas características?

O que fazer, a partir de hoje, para que elas sejam usadas novamente?