Sobre a felicidade em meio ao caos
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Sobre a felicidade em meio ao caos


O que leva você a fazer o ‪#‎trabalho‬ que faz? Necessidade, prazer, busca pelo sucesso? Todas as alternativas? Se a satisfação não está incluída na rotina, o que te leva a continuar? Parecem perguntas sem sentido no momento em que o ‪#‎desemprego‬ atinge 9,5% dos brasileiros, segundo dados divulgados semana passada pelo IBGE. Afinal, quem ainda tem um trabalho deve focar no desempenho, ficar quieto e rezar para não ser incluído na próxima lista de demitidos. Falar de ‪#‎felicidade‬ a uma hora dessas? Sim, vou subverter a ordem natural desses fatores que só aprofundam o pessimismo. 

Nos últimos seis meses, muitas mudanças ocorreram. A mais significativa, sem dúvida, foi ter sido dispensada da empresa onde trabalhava há cinco anos. Desde então, tenho lido e ouvido as mais diversas opiniões sobre os temas recolocação, mercado de trabalho, zona de conforto, reinvenção profissional, ‪#‎empreendedorismo‬.

Entretanto, nada me chamou mais a atenção do que abordagens sobre como ser feliz em meio ao caos. Ou como identificar o que realmente nos faz feliz, ou ainda. qual o combustível que nos faz pular da cama e querer viver mais um dia. Falar a respeito disso quando se está no corre-corre diário é como falar de filosofia no boteco. Pouca gente leva a sério.

A situação muda completamente quando essas questões passam a ocupar sua mente atordoada por ‪#‎mudanças‬ imprevistas e por dúvidas, muitas dúvidas. É o que tem acontecido comigo. Até esta madrugada de Sábado de Aleluia (sim, gosto da simbologia da Semana Santa) eu não queria me convencer do óbvio: sim, eu sei o que me faz feliz, só não aceitava.

Em maio de 2013, criei a página Agora que Você Cresceu, no Facebook, quando passava alguns dias de ‪#‎férias‬ muito longe de casa e do meu único filho, na época com 12 anos. Senti vontade, dei uns ‪#‎cliques‬ e escrevi. Não pensei, não refleti, não planejei. Fiz por prazer e pela vontade de encontrar outros adultos que convivem com adolescentes e que não identificam muitos espaços para trocar ideias a respeito dessa relação por vezes tão complicada. O mais comum são revistas, sites, blogs sobre o universo materno-infantil. Foram momentos de‪#‎satisfação‬ porque sabia que este não era "o meu trabalho", então, não havia expectativas nem obrigações.

O tempo voou e, claro, o "lado sério" voltou a ocupar meus dias. E o prazer de ‪#‎escrever‬ sobre o que eu queria foi deixado de lado. Passei a inventar desculpas para não investir na ideia. Das mais clássicas ("não tenho tempo") às mais insólitas ("o assunto é muito complexo para o FB, quem sabe um blog seja melhor).

Quase três anos depois, voltei à página, mas, desta vez, muito disposta a prestar mais atenção à realidade interior e não àquilo que eu julgava ser real. A verdade é que escrever me faz feliz. Sempre foi assim. Não importa mais se o tema é sério, se vai ser considerado importante neste ou naquele círculo social, se é jornalístico, se tem estilo. se será curtido por um ou um milhão. Tive de fazer uma longa viagem para perceber tudo isso. ‪#‎Agora‬ que eu cresci, seguir sozinha nem será problema. Mas, na boa, gostaria muito de ter a sua companhia.

Ótimas conclusões. Suas idéias serão o seu diferencial. Isto é o que eu e outros esperamos. Queremos ser surpreendidos com a sua visão do mundo e da vida. Parabéns (e não pare ...)

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