Sobre a Ignorância do Saber
O afã que temos em categorizar aquilo que ignoramos, é o que nos tornam especialistas e doutores dessa dissonância cognitiva, que se apresenta neste cenário configurado fora das teorias e técnicas estabelecidas, que movimenta a dualidade sobre esse xadrez sociocultural, com suas variadas miríades variantes.
Somente quando aceitarmos não saber aquilo que não sabemos, criaremos espaço em meio a essa ignorância especializada, para enfim, nos tornarmos cientes de que, o saber, rejeita o desconhecido; e por isso, ele aparta tudo aquilo que não se amoldam as bulas, manuais, receitas, teorias, técnicas, teses e dissertações.
Consequentemente, o conhecimento programado, transformou-se no refúgio do ego, fazendo deste lugar, a sua zona de conforto e castelo fortificado, aonde soberanamente reina esse nosso pequeno self.
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Portanto, é nesse castelo que habita a personalidade, teleguiada pela Inteligência Artificial, que, como uma hidra, estende os seus tentáculos, através das parafernálias das Tecnologias de Informação e Comunicação. Ou seja, é na Tv que residem as pós-verdades e meias-verdades, negociadas nesse Infame Mercado administrado pelo Estado Profundo.
Portanto, para neutralizar essa roda de hamster, que captura o nosso subjetivo, nos transformando em escravos psicológicos, evitando que olhemos e acolhamos o desconhecido; precisamos nos despir dos modelos, teorias e técnicas que nos algemam aos conceitos e preconceitos padronizados, programadores das nossas ações e reações.
Consequentemente, criaremos a oportunidade para sairmos do modo zumbi, abandonando assim, essa bolha de pensamentos coletivos, teleguiado através das I.As midiáticas, para enfim, assumirmos a nossa condição humana, dando início a uma civilização, de fato e de direito; abrindo as portas da percepção para oportunizar que o autêntico conhecimento, que flui constante como um caudaloso rio, se apresente a cada instante, sem as máscaras da imitação, que o transforma em sacralizadas bulas.