Sobre política, eleições, ética e impeachment !
A democracia é imperfeita. O socialismo também é. O totalitarismo idem. O absolutismo?? Sim, também foi (ou ainda é). Em todos os modelos existem questões que geram distorções. Do fundamento teórico a prática, separam abismos inevitáveis. Nem tudo pode ser previsto e nem sempre o que foi idealizado, de fato, se cumpre.
A prática refuta o conceito. A prática contradiz o conceito. A prática impede o conceito. A prática desmente o conceito. A prática mostra que nem sempre agimos de acordo com o conceito, por imperfeito que somos.
Relativizar é parte do entendimento. É uma condição para simplificar o processo.
Nesse momento, surgem justificativas (das razoáveis as mais estapafúrdias) para sustentar posições paradoxais. Como Cunha pode julgar Dilma? Como Temer pode ser o novo presidente, se ele também foi (ou fez) parte dessa eleição (sim meus caros, os votos que todos confiaram a Dilma, também elegeram Temer, que isso fique bem claro!).
E os deputados? Como ousam a falar em ética, se muitos deles, senão em quase sua totalidade, são tão corruptos ou mais do que os que estão sob julgamento?
Sim, todos eles, foram eleitos sabe por quem? Nós ! Não gosta do horário político? Vota pela indicação do amigo? Escolhe pelo rosto mais simpático? Ou pela piada mais engraçada em seu jingle?
Viu o resultado? Pena que você só acompanhou a política por uma tarde. Convido a assistir mais sessões e descobrir a faceta ainda mais cruel a partir do aperitivo que você viu ontem!
Não vivemos no conto de fadas, onde com um passe de mágica e o tilintar de uma varinha de condão acaba por transformar o sujo em perfeito.
Muitos ansiosos buscam sustentação no imediatismo e optam pela manutenção do status quo. Tirar Dilma não tornará o Brasil amanhã o melhor país da América, então de que adianta ? Só existem corruptos para ocupar aquela cadeira, de que adianta?
Parte do processo, esse é o momento que vivemos, meus caros.
Parte do processo
É preciso começar. É preciso um ponto de partida. Mantermos cegos diante da realidade é uma escolha. Assim como buscarmos novas alternativas, ainda que imperfeitas, também é.
De tentativas, acertos e erros, construímos a história. Aprendemos com cada estágio. As vezes evoluímos. As vezes não. As vezes acertamos nas escolhas. As vezes não.
Importante é não ficarmos parados ! Ainda que desajeitados, repletos de oportunidades, buscamos uma forma de nos organizar, olhando para o passado (e tentando não errar novamente) para construirmos um futuro melhor !
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