Sobre tecnologia e humanidade
Quando se fala nos extraordinários avanços da tecnologia, sempre surge o debate: as máquinas vão substituir o ser humano? Vamos ficar obsoletos diante da capacidade dos robôs? Medos que têm, sim, sua legitimidade, mas que perdem de vista como essas inovações podem ser benéficas para todos nós.
Na área da medicina, por exemplo, tivemos evoluções exponenciais nas últimas duas décadas. As novas tecnologias mudaram a forma de compreender nossa saúde, de oferecer diagnóstico, tratamento e assistência à população. Equipamentos que auxiliam, mas jamais substituem a figura humana. Por mais evoluída que seja, uma máquina não tem a riqueza da compreensão do outro. Da escuta sensível, do carinho no trato. De entender o paciente e suas necessidades, formando um plano de cuidado adequado à sua doença.
Nós, gestores, precisamos estar mais sensíveis à dor das pessoas, identificar as principais necessidades e envolver a sociedade no fortalecimento da inovação. Quando fundei a Dr. TIS, passei pelo desafio de trabalhar a partir da solução para um problema crônico, que é o acesso à saúde em um país de dimensões continentais. Organizamos uma equipe comprometida com a missão, identificamos nossos potenciais clientes e escalamos.
Trago o exemplo da Dr. Tis para reforçar que a dor que precisamos “curar” é a do cliente. É assim que conectamos a nossa solução à realidade. E, da mesma forma, o objetivo da telemedicina não é a sua utilização isolada, e sim como um complemento à Medicina. Ela ajuda médicos e pacientes a terem melhores resultados. É fundamental essa união com a comunidade, promover uma educação cultural sobre a tecnologia e fazer com que essas ferramentas estejam acessíveis à população.
Tive a oportunidade de discorrer sobre esses pontos no painel "Cidade do Futuro", evento alusivo aos 469 anos de São Paulo, ao lado de lideranças como Ivisen Lourenço , Diogo Esmeraldo Rolim e Olívio Souza Neto . Na minha exposição, trouxe a experiência que permeou toda a minha trajetória à frente da Dr. TIS.
Quando fundei a empresa, passei pelo desafio de trabalhar a partir da solução para um problema crônico: o acesso à saúde em um país de dimensões continentais. Com uma equipe comprometida com a missão, escalamos e estamos fazendo a diferença na vida de muitos brasileiros.
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Levamos a telemedicina para muitos lugares distantes. Mas essa tecnologia não se encerra em si mesma. É um apoio para médicos terem melhores condições de trabalho. É um meio para facilitar o acesso dos pacientes a especialistas e, por consequência, ao cuidado para sua condição.
Por trás de cada tela estão pessoas. Um paciente em busca de ajuda e um profissional que, com sua empatia e humanidade inerentes, será capaz de ouvir o indivíduo, auxiliá-lo e oferecer o apoio adequado que ele precisa. A tecnologia, aqui, serve como instrumento para conectar esses seres humanos.
É a partir dessas premissas que temos de pensar a inovação para a saúde. Ela vem para incluir, alcançar, atender e ajudar no tratamento e na cura das pessoas. Esse olhar humano deve permear os esforços para ampliar o acesso da população a essas ferramentas.
Além disso, devemos educar a sociedade sobre as vantagens dessas tecnologias. Soluções como a telemedicina são capazes de levar saúde de qualidade para os lugares mais distantes, aproximando as pessoas de seu cuidado.
Não há o que temer nessa relação. Pelo contrário. Temeroso é um futuro em que não somos capazes de abraçar as transformações. A telemedicina, como outras inovações, oferecem segurança, excelência e uma saúde melhor para todos — e com humanidade. Vamos avançar e levar isso para mais e mais brasileiros?
IT Manager Infrastructure and Services | Head Cyber Security | Data Center | Networking
1 aMuito bom mesmo da para debater bem sobre essa reflexão
Head de Tecnologia | Executivo de Tecnologia | Diretor de Tecnologia | Gerente de Tecnologia | Professor Universitário
1 aExcelente Reflexão....