Socorro! Cadê meus dados?

Confesso, sou ansioso mesmo. Quem trabalha comigo já sabe. Hoje não mais, mas já me senti muito frustrado quando precisei de uma informação e ela não estava li, na hora que foi preciso. Você já não se sentiu assim?

As ideias não tem hora para aparecer, as decisões não são agendadas previamente e, no mercado atual, não podemos nos dar ao luxo de decidir baseados em extintos ou "feelings".

Errar não é uma opção!

Amo as pessoas com que trabalho, mas nunca vi muito sentido em chamá-las querendo saber "como estão as coisas", "como estão as entregas" ou "como estão as vendas".

Sobre essas informações do dia-a-dia, me desculpem, mas as coisas tem de falar por si mesmas através dos sistemas que as controlam. Que as vendas me digam como estão, que os projetos me digam se estão no prazo.

Pode ser ainda pior quando você pede uma informação e recebe um "vou levantar", ou "vou verificar", enquanto sua decisão fica lá na sua mesa, como um mico que não deixa você trabalhar.

Nestas horas, me perdoem a objetividade, não interessam opiniões. Quem já não ouviu a frase: "resultados falam por si". Nestas horas é necessário o dado, sem embalagens, sem justificativas ou maquiagens. O dado precisa entregar com a frieza a notícia que traz, boa ou ruim.

Quando chamo alguém da equipe, ao invés de perguntar "como estão as coisas", prefiro perguntar "como você está", "como você está vendo as coisa". Nesta hora, sim, a opinião é o que se está buscando, e nossa discussão gira em torno do que importa mais: das pessoas, das estratégias, do extraordinário e não dos dados do que é "ordinário". Deixemos que eles, os dados, continuem trabalhando enquanto conversamos.

Contudo, os dados não são a solução dos problemas, nós é quem somos. Por isso, dados não podem servir de desculpas, e nunca deveriam ser apresentados sob a perspectiva mais positiva pois uma apresentação pode maquiar uma verdade, mas os dados continuarão ali para te desmentir na próxima reunião.

A solução é ir buscar estes dados aonde estão, e trazê-los para bem perto, onde possamos olhar para eles de forma organizada e sermos os primeiros a ver as coisas das quais somos responsáveis por controlar.

Contudo, não podemos nos esquecer:

Os sistemas podem fornecer as respostas, mas somos nós que formulamos as perguntas.

E você? Já se sentiu assim?