SOMBRA E ÁGUA FRESCA, QUEM AÍ NÃO QUER?
Por: Bruna Hortolani
Zootecnista, MSc. em Prod. Animal Sustentável
P&D – Major Nutrição Animal
É bem como se diz o ditado, “só quer sombra e água fresca!”. Mas afinal, quem não quer?
Estar em um ambiente confortável, que seja capaz de atender nossas necessidades de forma satisfatória, favorece bons resultados, não é mesmo? Seja no seu trabalho, na sua casa.... E claro, meu amigo(a), para os animais, a regra é a mesma!
O estresse térmico está associado as alterações no organismo do animal para compensar mudanças nas condições ambientais, como excesso de frio ou calor, alta ou baixa umidade e radiação solar extrema. Sendo que, quando o organismo do animal não é capaz de responder fisiologicamente de maneira significativa, diversos danos podem ser provocados no animal, além, é claro, de falhas significativas no desempenho.
Considerando as condições climáticas no Brasil, o estresse térmico associado ao calor elevado é mais presente, principalmente em algumas regiões do Brasil, que se caracterizam por temperaturas elevadas e baixa umidade em grande parte do ano.
De forma geral, os elevados níveis de radiação solar implicam em aumento do ganho de calor radiante e do armazenamento de calor corporal. Os animais, sob essas condições, podem apresentar comportamentos característicos como: respiração ofegante, aumento dos batimentos cardíacos, e até mesmo hipersalivação, vômitos e diarreia nos casos mais graves.
A redução no consumo de alimento também é um fator de grande relevância associado ao estresse térmico pelo calor, pois impactam diretamente no desempenho final do animal.
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Entretanto, vale destacar que existem algumas particularidades associadas à genética e condição corporal dos animais com: a raça – os animais zebuínos são mais adaptados ao calor que os animais de origem taurina, a cor e pelagem — os animais com pelos mais claros e finos se mostram mais tolerantes ao calor e a condição corporal — os bovinos com peso elevado são mais propensos a sofrer insolação.
Mas a verdade é que não temos como controlar o clima! Mas, podemos adotar ações capazes de minimizar os efeitos do estresse térmico, garantindo uma condição de conforto aos animais, com temperatura e amplitude térmica adequada. Para isso é preciso realizar adaptações nos sistemas de produção, considerando as condições do ambiente.
Os sistemas à pasto apresentam a vantagem da possibilidade de uso de sombreamento natural. Porém, em sistemas de confinamento os impactos do calor excessivo no bem-estar dos animais são ainda mais impactantes.
Nos confinamentos, os animais estão expostos 100% do tempo as condições disponíveis nos currais, logo é preciso investir em estruturas que minimizem os impactos do calor, como, por exemplo, a instalação de coberturas para abrigo dos animais, aspersão.
Apesar de associarmos o estresse térmico apenas a temperatura, destaca-se que é importante atentar-se a outros componentes do clima, como a umidade. Apesar de algumas regiões caracterizarem-se com um clima quente e seco, outras apresentam grande intensidade de chuvas, logo elevada umidade.
A umidade está diretamente associada ao conforto térmico do animal, pois ela impacta nos mecanismos de troca de calor do animal com o ambiente e, além disso, ambientes úmidos, podem ocasionar a formação de lama, a qual também está associada a falhas no desempenho animal.
E você pecuarista? Quais medidas têm adotado para oferecer conforto térmico aos animais?
A Major Nutrição Animal oferece algumas soluções, que além de proporcionar maior sustentabilidade à produção, contribuem para o bem-estar dos animais e ainda facilitam o manejo diário.
Quer saber mais? Entre contato com nosso suporte técnico-comercial.