SOMOS ASSIM

Ninguém tem culpa, somos assim…

Todos temos tendências a dizer mal dos políticos, mesmo daqueles com quem simpatizamos pelo discurso, atitudes e comportamentos. O facto é que acabamos sempre por ficar desiludidos à medida que julgamos estas pessoas pelas suas ações no real, independente da nossa área ideológica. É o que está acontecer comigo sobre o Primeiro Ministro António Costa.. algumas razões de erros na minha observação:


1.  Confundir inteligência com esperteza !

A luta política nunca é sobre visões e ações diferentes da sociedade mas sobre os interesses que querem privilegiar. Não há aqui nada de novo apenas agradar a quem nos abriu as portas e nos leva ao poder mas também empurrar aqueles que a podem fechar, assim:

Empurrou José Seguro do PS prometendo vitorias mais expressivas

Empurrou depois o Passos Coelho do Governo, apesar da vitoria depois de este ter “tão maltratado o País”. Toda a esquerda compreendeu a importância de se unirem para evitar que a direita lá continuasse  por muitos e bons anos. Era  altura de abrir os cordões à bolsa !!

Empurrou o Centeno para o BdP aonde ele não pode agir contra o que os dois fizeram em conjunto ao sistema financeiro. Tenho a convicção que se fosse outro o Governo o Ricardo Salgado ainda lá estaria e seria homenageado como um génio da finança em Portugal. Foi o Passos Coelho, esse perigoso liberal de direita que o derrubou…

2.  Confundir falar com agir !

É confrangedora a ignorância dos jornalistas que escrevem e entrevistam os políticos, um País que é governado com a experiência que não vai além dos corredores do Poder e com informação que vão recebendo de familiares e amigos.

Todos os dias os telejornais dão imagens do PM a dizer o obvio, prometendo verbas que não são escrutinadas por ninguém, rodeado por estagiários a correr à seu lado de microfone na mão. Também nunca entendi para que servem aquelas pessoas silenciosas que ajudam a preencher o vazio do ecrã televisivo.

Quanto tempo por dia aparece o PM ? e a oposição em conjunto ?

Interessante ver o raspanete que levaram nos incêndios de Pedrogão Grande quando se compreendeu que lá estavam a tomar o tempo de quem tinha muito para decidir, interrompeu-se o fogo para fazer um briefing da situação no terreno….

3.  Confundir Politica com Profissão!

Políticos a tempo inteiro, exceto se em funções executivas, é uma maldade para o País. Recordo um excelente deputado comunista que dizia há muitos anos que todos os políticos deviam ter uma atividade concreta que soubessem fazer e não apenas falar .

Dizem que o ónus que têm por falhar é perder as próximas eleições. Voltam muitas das vezes, para analista politico ou de futebol, mas também para Empresas publica ou privada por causa da qualidade da lista telefónica e não da competências executiva.

Porque é que nos membros do governo, só existem, advogados, funcionários públicos, e não há pessoas da economia real que estão do lado dos que pagam impostos e contribuem para riqueza do País ? Entendo que a pratica e o discurso destas “novas” pessoas seriam incompreensíveis e perigosas logo que conhecessem o desperdício no exercício do poder, o conflito entre pares, e se tomam decisões importantes sobre o nosso futuro.

Conclusão:

O dinheiro que a Europa vai distribuir tornam o atual PM o mais poderoso depois do 25 Abril não só para os que normalmente vivem dos fundos comunitários , e já são muitos, mas também das Empresas que agora estão muito fragilizadas.

Antonio Costa só de lá sai quando quiser ou quando cometer sucessivamente 2 ou 3 erros estúpidos e consecutivos como o do apoio ao Benfica que o tirou da lista.

Será que o próximo, tarde ou cedo, vai ser diferente?


Nota:

Independentemente da sua origem profissional, as pessoas fazem a diferença mesmo sem alterar nada nas regras e nas equipas. O que este País não teria ganho se à frente da crise pandémica que atravessamos não estivesse logo no início uma personalidade como Francisco George, alguém que é uma autoridade em saúde publica e um comunicador assertivo e simples, um verdadeiro líder, como todos nós precisamos nestes tempos de desorientação, seria tudo muito mais fácil ...



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