Sonhar vai além de imaginar...
O final de ano é tempo de repensar o que deu, e o que não deu certo. Todo término combina com o início. Iniciar regimes, ginástica, faculdade, curso de inglês, todo mundo inicia, mas concluir...é coisa de poucos.
O que dificulta é a confusão entre fantasiar e sonhar. Fantasioso é aquele que tem uma lista de desejos insatisfeitos e cria a ilusão de que “este ano será diferente”. Alimenta a fantasia de esperança sem ação. E os anos vão passando, renovando expectativas nos primeiros meses do ano, e contabilizando decepções, no final.
Por preguiça de pensar, as pessoas carecem de um plano científico, a mente estagna e se ilude em aprender inglês dormindo, emagrecer comendo, ganhar dinheiro descansando, ser promovido na moleza, e acumula um baú de frustrações. Fantasiar é de quem quer que as coisas caiam do céu. Fantasiar é esperar o ano que vem, como se a mudança de calendário, fosse um passe de mágica. Realizar sonhos tem uma dose de ação, logo após a imaginação. Até o ato de imaginar se veste da capacidade de dar asas aos sonhos, dentro de uma estrutura mental bem elaborada cientificamente. O “querer” sem método, é umafantasia.
Os grandes visionários sonham, arregaçam as mangas e mãos à obra. Toda realização de sonhos tem um esforço, um preço e uma técnica, um passo a passo a ser seguido.
A Programação Neurolinguística – PNL tem um método científico de especificação de objetivos que obedece a uma estratégia simples e com base nessa lógica, foi do GPS. Primeiro, identificar o Estado Atual, ou seja ter o conhecimento do ponto de partida. Em segundo, escolher o Estado Desejado, o ponto de chegada, e em terceiro, escolher os meios, os recursos para desenhar a melhor rota entre dois pontos. Faz parte do método, saber traduzir os pontos de partida e de chegada com palavras assertivas, ou seja especificando o que se “quer” ao invés. o que “não” se quer. Exemplo: “Quero ter saúde”, ou invés de dizer: “Não quero ser doente”. O sonho precisa ser descrito em termos sensoriais, ou seja o que você vai ver, ouvir e sentir. Dizer, simplesmente “Quero um ano Novo Próspero” não mobiliza forças internas, porque os adjetivo “próspero” é insuficiente para gerar imagens na mente. A mente precisa pensar em termos de cenas específicas, de imagens que traduzem os fatos do que é “próspero”. Se o que é “próspero” significa dinheiro no bolso, é preciso especificar “o quanto de dinheiro”. Pedir para “sentir-se bem” ou “ser feliz”, é necessário especificar o “Como”, ou seja: Como vai saber que “é feliz”? Qual a ação para fazer acontecer?
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Victor Frankl, psiquiatra austríaco, preso em um campo de concentração nazista, traçou seus objetivos de ser um palestrante, imaginando a cena, ouvindo as palavras e sentido bem estar, e com o término da guerra, criou a logoterapia conhecida atualmente, no mundo inteiro. Para isso, Frankl ao invés de lamentar o frio, a fome e os maus tratos, imaginava o público assistindo suas palestras, ouvia sua voz falando de como sobreviver em uma prisão e deu um sentido maior ao sofrimento, o que o levou a escrever o livro “O sentido da vida”.
Mentes inteligentes quantificam, especificam o querem conquistar, do tipo: Quero ganhar “x” por mês, ou quero estar presente em cada instante, através de uma respiração consciente, uma sensação, uma presença ativa em cada ação com foco e atitude. O simples devaneio de fantasiar, estaciona a mente, mas o sonhar, seguido de um pensar planejado, mobiliza forças internas, impactam no sistema nervoso, trazendo movimento todo o organismo. Os sonhadores científicos não sonham, eles são o sonho.
Na PNL, o uso das palavras assertivas e específicas, geram uma força magnética, capaz de atrair situações propícias, que chamamos de sorte. Guarde o aprendizado do passado, trace com detalhes as realizações futuras, e prepare-se para suar a camisa no presente. O pensar seguido de trabalho duro, é o caminho curto das conquistas certas.
Magui Guimarães