Stick to it!

Nos dias de hoje, em que a taxa de desemprego beira os 10%, é muito comum encontrar profissionais “buscando recolocação”, ou “ em transição de carreira” ou ainda “ em busca de novos desafios”. Desafio, aliás, é uma palavra bastante apropriada para essa etapa, e digo isso com conhecimento de causa, pois eu também sou uma dessas profissionais que mencionei acima.

Buscar uma oportunidade de trabalho em uma economia fragilizada, em um país politicamente instável não é tarefa fácil, ainda mais porque, além das nossas próprias oscilações emocionais, temos que lidar com especialistas constantemente repetindo o quão desaquecido deve permanecer o mercado no ano de 2016. Mas quem é que nunca ouviu a frase “ ninguém disse que seria fácil, mas que valeria à pena”?

Se você está lendo esse texto, provavelmente se interessou por ele porque está passando ou já passou pela situação de estar desempregado uma ou mais vezes na vida. Assim sendo, não vou descrever muitos dos sentimentos e pensamentos que essa experiência nos “proporciona” (no entanto, caso tenha interesse em ler mais sobre eles, recomendo fortemente a leitura de alguns textos da @Flávia Gamonar). Meu objetivo aqui hoje é dividir com você algumas das formas que eu tenho encontrado de passar por isso sofrendo o mínimo possível.

Número um: leitura. A primeira coisa que eu fiz foi procurar textos que falassem sobre esse momento, como outras pessoas haviam passado por isso, também li dicas de como usar melhor o LinkedIn, melhores formas de reformular meu currículo,além de outras e variadas leituras. O que mais me chamou atenção e tem me ajudado (sim, porque é um exercício diário) é a obra de Loiuse Hay “ Você Pode Curar a Sua Vida”, que fala exatamente sobre mudanças nos nossos padrões de pensamento e seus efeitos em nosso organismo e nas nossas vidas. É curtinho, 80 páginas (o meu PDF pelo menos), mas oferece bastantes elementos para que paremos de pensar coisas do tipo “eu não sou bom o suficiente” ou “eu nunca mais vou conseguir um novo emprego”.

Número dois: fale com seus amigos, não tenha medo de assumir que está, temporariamente, passando por isso. Pesquisas mostram que cerca de 80% das recolocações acontecem por indicação. Peça, mas quando puder, ajude também, the wheel never stops spinning!

Número três: ajuda profissional. Esse é um momento de muita confusão, e o desespero provocado pelo desemprego às vezes pode nos levar a agir de formas caóticas e precipitadas, como por exemplo sair pulverizando CVs ao menor sinal de vagas em aberto. Aprendi em meu coaching que uma busca focada e organizada e um plano de como chegar à recolocação são muito mais eficientes do que responder a toda e qualquer oferta de trabalho. Sim, é um momento difícil, sim,  quero voltar a trabalhar o mais cedo possível, mas de que vai adiantar se eu não me sentir satisfeita, adequada naquele ambiente? Trace um plano, pense em qual empresa gostaria de trabalhar, de qual segmento? Pequena, média, grande? Com que gostaria de trabalhar? Você tem todas as qualificações? O que falta? Coloque seu plano em uma timeline, mas estabeleça prazos razoáveis, micro e macro metas que possa cumprir, do contrário o resultado será apenas o aumento da sua frustração.

Já que falamos aí em qualificações, número quatro: cursos online. E você não precisa pagar fortunas para isso, existem ótimas opções gratuitas na internet – Veduca e Cousera são duas delas. Ocupe-se, mexa-se, isso faz bem pra cabeça (e pro currículo também!).

Número cinco: faça atividades que te deem prazer, permita-se, o que acabou foi seu contrato de trabalho e não a sua vida. Mantenha-se bem, física e mentalmente, seu futuro empregador precisa sentir isso ao entrevista-lo!

Ah, uma última coisa: procure ouvir com carinho quando alguém te disser que “há males que vem pra bem”, “você vai conseguir algo muito melhor”, são frases clichês, mas é o melhor que os seus amigos podem te dizer nesse momento. Valorize isso, não pelo conteúdo, mas pela atitude, provavelmente você perceberá que não são muitas as pessoas que se importarão em te dizer algumas dessas frases.

Basicamente, é isso, tem sido isso, aliás. Se vai funcionar, vai sim, pode ser que não necessariamente nessa ordem ou seguindo esses passos, mas vai dar tudo certo, e boa sorte pra nós!