Storytelling: O que é, como vive e onde habita
Quem nunca já teve uma boa ideia mas não soube transmiti-la? Neste humilde artigo te explico sobre o que é esse tal de storytelling, algumas de suas estruturas e exemplos práticos.
Antes disso, você pode estar pensando: “Vim ler um artigo de tecnologia e essa maluca está me falando sobre (spoilers!) contar histórias. Isso não tem a ver comigo!” Calma! Fica aqui comigo que vou te mostrar que você pode usufruir dessa poderosa ferramenta, independente da sua área de atuação.
O que é
O termo vem do inglês: “Story”, história e “Telling”, contar, ou seja, é a arte de contar histórias. Mais que isso, saber desenvolver e adaptá-las, conectando com o leitor a nível emocional.
Se olharmos ao redor, ela está muito presente no entretenimento, sejam filmes, livros, jogos, etc. (Quem nunca chorou com aquele filme de cachorro?). Além disso, ela pode ser aplicada no marketing, no ensino, em apresentações, portfólios, entrevistas de emprego além de inúmeras outras situações! Vem ver comigo como tudo isso funciona (sigam-me os bons!):
Estrutura
Ela vai servir como um guia para manter o controle sobre a forma de contar. Na estrutura em sua versão mais clássica (spoilers: falaremos mais no próximo tópico), temos Início, meio e fim e dentro dela teremos elementos essenciais: personagem, ambiente, conflito e uma mensagem. Aqui abordaremos as duas estruturas mais famosas: a clássica e o monomito.
Estrutura clássica
Poderíamos simplesmente dizer que é o Início, meio e fim, mas vamos destrinchar e ir por partes. No Início temos a introdução, onde é apresentado o personagem principal, onde ele vive e como é seu dia-a-dia. Em um certo momento, nosso personagem se vê diante de um problema, quebrando sua rotina. Em seguida, veremos como nosso personagem irá lidar com o problema, quais serão seus desafios (internos? externos?), levando-o em busca de uma solução arrebatadora. Encontrada essa solução, nossa história vai se encaminhando para o final, onde será o grande ápice: Nosso personagem transformado, melhor do que ele era início da história e/ou com uma nova visão das coisas.
Dica valiosa: Lembre-se que não é só o nosso personagem que deve sair da história transformado, seus espectadores esperam isso também! Eles buscam um fator para se diferenciarem das demais pessoas e para engajá-las na sua narrativa, a introdução deve conectá-las, gerando identificação e empatia com o personagem. (“Puxa, isso já aconteceu comigo…”)
Monomito ou Jornada do Herói
A Jornada do Herói foi um estudo feito por Joseph Campbell e apresentado em seu livro “O Herói de Mil Faces”, onde ele identificou um padrão narrativo em histórias famosas.
Similar à estrutura clássica, o monomito é composto pela introdução do herói, mostrando seu mundo comum, até que surge o chamado à aventura: O personagem se vê diante de uma problemática (Como falava tio Ben: “Grandes poderes vem grandes responsabilidades…”).
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Em seguida temos a recusa ao chamado, onde nosso personagem têm seus conflitos internos e que inicialmente ele pode optar por ficar na zona de conforto do seu mundo comum. Logo depois temos o primeiro ponto de virada! O herói decide agir, seja por necessidade, desejo ou alguma outra razão, partindo assim, para a Iniciação, ou seja, a aventura, onde ele irá encontrar aliados, inimigos e novos desafios durante sua jornada.
Em certo momento, o personagem irá lidar com o maior desafio já visto até então, caminhando, assim, para nosso segundo ponto de virada: A provação. Nesta etapa, nosso herói se vê em conflito novamente, podendo chegar até o fundo do poço.
Vencido o desafio, teremos o Retorno: O personagem volta para seu mundo com a recompensa após vencer seus medos e com os conhecimentos que adquiriu na jornada. A recompensa costuma ser a mensagem transmitida.
E na prática?
Como dito anteriormente, o Storytelling pode ser aplicado em várias situações, dentre elas estão os estudos de caso de UX. Pense no seu usuário como personagem principal: Quais seus desejos, seus objetivos, seus medos e dores? Como é seu ambiente? Quais seus desafios? Quais foram os resultados obtidos? Deixarei o link do artigo de como é o processo de design no UberEATS (em inglês) para você se inspirar.
Também deixo aqui três exemplos de campanhas publicitárias que utilizaram a técnica com maestria:
Considerações Finais
Artigo por Larissa Orikava