A sua empresa está realmente incluindo?
Nos últimos anos houve um aumento significativo do engajamento das empresas em se propor a conhecer a temática DE&I. No entanto, falando de ações e a real consciência sobre o que é incluir a diversidade com equidade, ainda estamos muito longe do ideal.
Nesse momento, não falo somente da população LGBTQIA+ mas também de todos outros grupos minoritários que lá atrás, em seus passados, tiveram o acesso ao desenvolvimento educacional e profissional prejudicado pelas desigualdades sociais através da exclusão.
Na realidade do Recrutamento e Seleção, de modo geral, ainda vemos muita resistência em considerar essas realidades no momento de uma contratação. São exigências fora da realidade do nosso país, fora da realidade principalmente desses grupos de pessoas que foram marginalizadas.
Exigir formações especificas, nomes de faculdades e universidades específicas, ou até mesmo não entender que por exemplo, muitas dessas pessoas não terão nem o ensino fundamental completo, é colocar uma venda nos olhos em relação a essas vivências, e banalizar completamente o discurso de que quer trazer a diversidade para a realidade corporativa. Se você decide propor um processo afirmativo, proponha com a consciência dessa realidade e aberto a acolher.
Mas como resolver? Trazendo RESPONSABILIDADES REAIS para as lideranças. Não basta verbalizar que “aceita” LGBTQIA+ ou Pessoas com Deficiências, e pessoas pretas e periféricas. Chegamos a um ponto que não é mais sobre isso, nunca foi sobre aceitar ou não aceitar.
Não estamos falando de política ou de partidos políticos. Estamos falando de direitos humanos, estamos falando de pessoas que tiveram a sua trajetória e formação prejudicadas pela exclusão, historicamente. E é necessário direcionar ações para esses líderes colocarem em prática, através do ENGAJAMENTO E COMPROMETIMENTO.
Posso trazer inúmeros exemplos do que você, empresa, pode implantar no que diz respeito a ações: Transformar esses líderes em mentores de talentos, preparar esses líderes através da sensibilização sobre DE&I contratando serviços de treinamentos e trilhas de conhecimento sobre todos esses temas, criar grupos de afinidades internos para que todos possam conversar entre si sobre esses grupos vulneráveis, inserir programas de desenvolvimento ESPECÍFICOS para esses grupos, e entender que os programas de desenvolvimento que vocês já possuem para colaboradores de outras classes sociais/econômicas, não serão necessariamente efetivos num primeiro momento para pessoas que fazem parte dos grupos minoritários.
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São trajetórias diferentes, e diferentes níveis de acesso a educação. É necessário voltar alguns passos e preparar conteúdos específicos. E se você realmente quer incluir, GENUINAMENTE, você irá fazer.
Muitas dessas pessoas possuem questões de aprendizagem básica do português, por exemplo. Comecem por aí! As próprias equipes podem se propor a serem multiplicadores de conhecimentos.
Dar suporte psicológico, é uma outra ação. E no caso de pessoas trans, a sua empresa pode apoiá-las com parte dos custos do seu tratamento hormonal. São tantas AÇÕES possíveis para sair apenas do discurso. São tantas ações possíveis, além de só realizar posts no Instagram ou LinkedIn no mês do orgulho e depois esquecer que essas pessoas existem.
E as soluções que trouxe aqui são apenas uma micro fração de possibilidades. Saiam da caixinha, usem a criatividade que vocês possuem, e exerçam a responsabilidade social, todos saem ganhando. Empresas são extensões da sociedade, empresas movimentam a economia e mudam a realidade do nosso país e do mundo. O ser humano foi feito para crescer em coletivo, se contribuímos com o desenvolvimento do outro, contribuímos com o nosso desenvolvimento não só como profissionais, ou financeiramente, mas também como pessoas. Nos tornamos pessoas melhores, mais empáticas. E ter empatia é um dos tipos de inteligências mais valiosas que podemos ter.
Nós temos o poder de mudar tudo o que quisermos, basta queremos. A questão é: Será que realmente é do interesse de todos que estão em posições confortáveis, vidas confortáveis, e salários confortáveis, parar de olhar apenas para o próprio umbigo e agir para acabar com a marginalização dos grupos minoritários proporcionando o acesso ao conhecimento e oportunidades?
Daí vem a importância dessas 3 palavrinhas: Responsabilização, Comprometimento e Engajamento. Verbalização sem ação são só palavras ao vento.
HRBP | DHO | DE&I | Mentora
1 aMiguel Marques 🏳️⚧️ esse final aqui entrega TUDO! Amei o conteúdo, parabéns por ele e obrigada por abraçar a nossa causa com tanto carinho!
Especialista de Recrutamento e Seleção I Talent Acquisition | Atração de Talentos | Recruiter I DE&I I Projetos de R&S I Headhunter
1 a"Responsabilização, Comprometimento e Engajamento." É isso ❤️ Obrigada por compartilhar um conteúdo tão rico. Aprendendo contigo diariamente 🥰
Analista de Negócios, inovação e inovação social: Fomentando DEIA&P, ESG e ODS com tecnologias para ambientes dinâmicos. Palestrante | Facilitadora | Mentora | Escritora.
1 aIrretocável! Que aula sobre inclusão, mais que necessária. Obrigada Miguel Marques 🏳️⚧️ 😊
Consultora de R&S at METARH | Psicologia Organizacional
1 aPerfeito! É sobre isso, inclusão vai além da contratação. É preciso entender a individualidade, vivências de cada um e desenvolver para que essas pessoas também tenham a possibilidade de crescimento e alcançar níveis além do operacional. Obrigada pelo texto Migs ❤️
I help Search & Staffing consultancies achieve their business goals | Enterprise Account Director @ LinkedIn | Out@In Regional Lead
1 a“Será que é realmente do interesse de todos?” - exatamente amigo, muitas pessoas que estão em posições de extremo privilégio pensam que ao nos apoiar a conquistar direitos básicos, perderão parte do que (muitas vezes) nem precisaram lutar para conquistar. Texto super pertinente Miguel Marques 🏳️⚧️ obrigado por compartilhar com todes!