Sua estratégia é brilhante, mas e a execução? Descubra por que falhar pode ser inevitável!

Sua estratégia é brilhante, mas e a execução? Descubra por que falhar pode ser inevitável!

No mundo corporativo é comum que empresas dediquem considerável tempo e recursos na elaboração de suas estratégias, contratam consultorias renomadas, realizam workshops intensivos e convidam executivos de destaque para contribuir na definição de suas direções para os próximos quatro ou cinco anos.

Esse foco inicial no planejamento estratégico é essencial, pois estabelece o rumo que a organização deseja seguir. No entanto, o que muitas empresas falham em reconhecer é a importância vital de alinhar a execução diária com essa estratégia. A execução é onde a estratégia se torna realidade, sendo na implementação que os planos ganham vida e produzem resultados tangíveis.

Max* (nome fictício) é uma gerente de projetos em uma grande empresa de tecnologia, e testemunhou inúmeras vezes sua organização investir meses em um planejamento estratégico meticuloso, apenas para ver os esforços desmoronarem na fase de execução. Max observa, frustrado, enquanto as diretrizes cuidadosamente elaboradas não chegam de forma clara aos níveis operacionais. Em uma reunião recente ouviu seus superiores discutirem mais uma vez sobre os falhos desempenhos dos gestores intermediários e a execução inconsistente das estratégias.

Essa situação levanta a questão: de que adianta uma estratégia brilhante se a execução for falha?

David Epstein, em seu livro "Por que Generalistas vencem em um mundo de Especialistas", oferece insights valiosos que podem ser aplicados para resolver esse dilema. Epstein argumenta que, em um mundo que valoriza a especialização, os generalistas – aqueles que possuem habilidades diversas e uma visão ampla – têm um desempenho superior em muitas situações complexas. Este princípio pode ser aplicado tanto à estratégia quanto à execução. Para uma empresa, isso significa que, ao invés de focar exclusivamente em especialistas que ajudam a definir a estratégia, também deve investir em líderes e colaboradores que possuem uma compreensão ampla do negócio e a capacidade de adaptar e executar estratégias de forma eficaz. Max, com sua formação diversificada e experiência em várias áreas do negócio, percebe que falta uma abordagem integrada na empresa onde trabalha. Ele sugere a implementação de equipes multifuncionais que possam trazer diferentes perspectivas para a mesa, facilitando uma melhor execução da estratégia.

Consequências do desalinhamento e principais problemas:

Desalinhamento entre Estratégia e Execução: as diretrizes estratégicas são definidas, mas os executivos médios e os colaboradores não recebem instruções claras ou recursos suficientes para implementar essas diretrizes, resultando em esforços fragmentados e ineficazes, onde cada departamento pode estar trabalhando em direções diferentes.

Falta de comunicação: a comunicação da estratégia muitas vezes não é clara ou não chega a todos os níveis da organização, gerando confusão e diminuindo a motivação dos colaboradores, que não veem a importância de suas tarefas no contexto maior da empresa.

Responsabilidade mal definida: a culpa pela má execução é frequentemente colocada nos executivos médios, sem considerar se eles foram devidamente equipados e apoiados para executar a estratégia, criando um ambiente de culpa e desconfiança, prejudicando a moral e o desempenho geral da empresa.

No livro, Epstein sugere que a versatilidade e a capacidade de adaptação dos generalistas são essenciais para resolver problemas complexos e integrar diferentes perspectivas. Aplicado ao contexto empresarial, isso significa que as empresas devem:

_Fomentar a diversidade de habilidades: incentivar o desenvolvimento de habilidades múltiplas entre os colaboradores para que possam ver o quadro geral e como suas funções específicas se encaixam na estratégia maior.

_Promover a comunicação transversal: estabelecer canais de comunicação eficazes que garantam que todos na organização compreendam a estratégia e saibam como suas atividades contribuem para os objetivos globais.

_Treinamento e Desenvolvimento contínuos: oferecer treinamento contínuo não apenas em competências específicas, mas também em habilidades de liderança, gestão de projetos e pensamento estratégico.

_Foco na execução com feedback: implementar processos de feedback contínuo para ajustar e alinhar a execução com a estratégia em tempo real, garantindo que a empresa permaneça no caminho certo.

Max vê a importância de integrar essas práticas em sua organização, começando a organizar sessões de treinamento que não apenas focam em habilidades técnicas, mas também em desenvolvimento de competências gerais. Ele implementa reuniões regulares de feedback e comunicação entre diferentes níveis da organização para garantir que todos estejam alinhados com os objetivos estratégicos.

Em última análise, uma estratégia brilhante sem uma execução eficaz é como um roteiro de filme incrível sem uma boa direção – os resultados serão decepcionantes. As empresas que conseguem alinhar perfeitamente a estratégia com a execução não apenas sobrevivem, mas prosperam em um ambiente de negócios competitivo.

Então, sua empresa está apenas planejando ou realmente executando suas estratégias com maestria?

Deixe seus comentários e compartilhe suas experiências. Como sua empresa pode melhorar a execução para garantir que suas estratégias não fiquem apenas no papel?

Seu feedback é essencial para continuarmos a discussão em nossos próximos artigos.

Um grande abraço e até a próxima ;-)

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