Suas atitudes definirão suas conquistas!

Nós somos os únicos responsáveis pela evolução de nossas carreiras. Nosso progresso não é responsabilidade dos líderes, nem da empresa na qual trabalhamos ou mesmo de nossos colegas de trabalho. Os líderes podem sim apontar o caminho, a empresa pode fomentar o desenvolvimento e os colegas podem contribuir, porém se condicionarmos nosso crescimento a esses fatores e eles não acontecerem, vamos ficar parados e reclamando?

Não há caminho fácil para conquistar avanços se não houver diferenciação; estaremos apenas concorrendo em bases iguais com a grande maioria das pessoas e isso diminui nossas chances e também a velocidade com que nosso crescimento acontece.

Seremos apenas mais um na multidão.

Crescimento exige esforço, dedicação e foco. Ninguém se destaca fazendo apenas aquilo que sua descrição de trabalho determina. Isso no máximo manterá o nosso emprego.

Eu comecei minha vida profissional como servente de pedreiro e assim permaneci até meus 22 anos. Por vários, vivi em alojamentos precários nos canteiros de obra longe da família e com baixas perspectivas profissionais, eu não tinha formação e não sabia fazer outra coisa. Até meus 22 anos eu diria que fui um profissional mediano, fazendo apenas o que me era demandado.

Na última obra que trabalhei, pedi ao proprietário da casa um emprego na empresa em que ele era executivo, eu queria uma oportunidade para deixar o canteiro de obras. E após alguns meses consegui uma vaga de motorista na área de compras.

Como motorista, deliberadamente passei a ficar após o horário de trabalho na empresa, junto com os funcionários da área de CPD (antigo centro de processamento de dados), ajudando-os nas suas atividades. Isso me proporcionou após 7 meses, uma vaga de digitador.

A falta de formação começou a pesar porque eu tinha apenas o primeiro grau. Retomei os estudos para o segundo grau aos 24 anos, entrei na faculdade aos 27 anos e me formei com 31 anos. A seguir ingressei em uma Pós-graduação na FGV e curso de extensão executiva na Fundação Dom Cabral e Kellogg Busisness School em Chicago.

Durante o período de formação do segundo grau e da faculdade, passei pelas mais diversas posições na área financeira da empresa. Quando era supervisor de custos, um novo Diretor que entendia do assunto me qualificou como um analista júnior e essa foi a melhor avaliação que recebi, porque me alertou sobre a necessidade da busca pelo conhecimento para estar em qualquer posição. Pesquisei e estudei toda e qualquer literatura sobre custos e me especializei no assunto.

Aos 32 anos conquistei minha primeira Gerência. Aos 33 mudei de empresa, passei pelas funções de Controller; aos 36 anos era Diretor financeiro, a seguir Diretor comercial e aos 42 anos alcancei a posição de C.E.O., a qual desempenho até hoje.

Toda essa história foi contada aqui para testemunhar que cumprindo apenas a descrição de trabalho, eu hoje provavelmente, seria no máximo um motorista experiente. A única forma de alcançar o próximo degrau foi através da diferenciação. Além disso, serve também como exemplo de que não há limites para o que se pode alcançar, não importa sua origem, não importa sua idade ou o ambiente em que você vive ou trabalha, se você quer ir além, você pode! Mas se prepare! É muito mais transpiração do que inspiração! As teorias sobre desenvolvimento de carreira são maravilhosas, mas muitas vezes a realidade é bem diferente, porém não menos empolgante!