Sucessão Empresarial e Conselhos – ferramentas imprescindíveis.
“Um Conselho, aliado a um plano de Sucessão, como fator de sucesso para atravessar os momentos atuais e os que estão por vir em nosso ambiente empresarial familiar.”
As empresas em geral – de administração familiar ou não - se veem diante de vários obstáculos, no presente momento: seja para retomada, melhoria contínua, novos investimentos internos ou externos, aquisições, fusões ou, mesmo, para salvar os seus próprios negócios, haja vista as paralisias parciais em alguns setores e a preparação necessária para o retorno à tão desejada normalidade.
A sucessão empresarial ocupa, ou deveria ocupar – assim como um Conselho - seja de Gestão, Consultivo ou de Administração – papeis de destaque nesta nova ordem de prioridades.
No caso específico das empresas familiares, independentemente de seus portes, com frequência frisamos: nossa visão é a de que todas as empresas deveriam ter um “Conselho” organizado, mediante a formação de uma estrutura com regras e procedimentos a serem seguidos para referida sucessão e definidos com critério, paciência e consensos entre os acionistas e as famílias empresárias.
Essas estruturas cumprirão, por ora, papel fundamental para a perenidade do negócio; em consequência, contribuirão para a preservação do nome familiar, seus méritos e história, se assim for a vontade dos seus acionistas, patriarcas e matriarcas, como na verdade sempre é, assim como é natural que o seja.
Vistas por esse ângulo, diversas situações vivenciadas no passado, no presente e que iremos provavelmente viver no futuro, com facilidade podemos imaginar uma organização que tenha a necessidade, de uma hora para outra, ver afastado de suas funções alguém que desenvolve atividades vitais de direção ou no comando total do negócio, sem a preparação de seu sucessor. A ausência de um plano sucessório, estruturado e legal, pode ser um elemento que influa negativamente no desenvolvimento seguinte da companhia, repercutindo em muito em sua competitividade. Estamos abordando o tema de sucessão que tem, como premissa, a busca das melhores competências dentro das famílias e que tenham manifesta vocação para exercer funções de liderança; não se trata do caso específico de preferências, nem apenas de busca subjetiva.
Observamos atentamente que o tema, assim como o trabalho à distância, por exemplo, vem sendo debatido há muito tempo nas empresas, porém, são medidas postergadas ao máximo possível, sem resultados práticos, ou seja, sem nenhuma aplicação, mesmo quando considerados de extrema relevância. Eis que, nas circunstâncias atuais, muitas empresas se veem “obrigadas” a adotar procedimentos heterodoxos, para não se verem paralisadas. Constata-se o óbvio.
Atualmente, os “tabus” a cada dia estão sendo desmistificados, ficando para trás e exigindo que a tomada de decisões, de forma organizada, técnica e segura seja implementada rapidamente. Evidentemente que as empresas de sucesso que chegaram até aqui têm os seus próprios méritos. A nossa abordagem reside no fato de que se as ferramentas evoluem; por que não as utilizar, então, a serviço da melhoria dos negócios e do seu crescimento? Há, nesse caso, um ganho de tempo e de qualidade na gestão dos negócios, compartilhamento e inserção de pessoas nos processos.
Um processo de sucessão efetivamente estruturado, em geral, reduz o stress provocado pelas incertezas e facilita o consenso para busca das soluções. Os benefícios vão além da ação de apenas “colocar alguém no meu lugar” para “ter mais pessoas com quem possamos procurar as soluções” e a consequente perenidade do grupo empresarial.
Uma organização com um processo definido ou em curso de “Sucessão”, engajado a um “Conselho” bem ativo – de gestão, consultivo ou de administração – , de forma transparente, igualitária, sem paixões ou medos, pensando e sabendo lidar com os fatores “negócio, família e propriedade” de forma isolada e comunicando entre si, terá provavelmente maiores chances de abordar temas que se enfrentam no momento presente e para o futuro, como os que enumeramos a seguir, de forma não exaustiva:
● Garantir a tomada de decisões;
● Evitar a paralisia dos recursos humanos;
● Visão da empresa de forma “estendida”;
● Revisão e digitalização mais rápidas e mais eficazes;
● Estruturar retomada por regiões (em caso de abrangência regional dos negócios); e,
● Manter o olhar no horizonte, com base nas experiências vivenciadas.
Evidentemente, trata-se de alguns pontos que encaramos como fundamentais e que devem ser desdobrados e adequados a cada realidade, mas que, se enfrentados de forma madura e baseados na realidade, contribuirão para o sucesso agora e para o futuro.
A Sucessão Empresarial, assim como um Conselho, são instrumentos de grande utilidade para o mundo dos negócios e, ao contrário do que se possa imaginar, seus custos de implementação se mostram compensadores em diversas ordens de grandeza (material e não material) e, principalmente, quando estamos concretamente pensando e desejando a preservação dos negócios e das famílias empresárias, vencendo conflitos e desafios.
Elson Wander Leal
Conselheiro de Administração
2020
Consultor Organizacional, Coach e Palestrante
4 aSempre sensato!
Sócia
4 aPerfeito !
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4 aIncrível contribuição para a comunidade, obrigada por partilhá-lo conosco
Executive Search Partner at Di Luccia | Private Equity Recruiting | Executive Career Growth Designer
4 aExcelente artigo Elson Wander Leal! Traz clareza sobre a atuação de um conselheiro como um agente eficaz nos processos de change management.