A SUCESSÃO NA ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO
Sucessões de líderes são momentos de grande importância e risco para as organizações. O “processo da sucessão” sem dúvida é um dos pilares fundamentais para a perenização e longevidade, temos acompanhado como empresas competitivas implodem por si mesmas após um mau passo dado em seu processo sucessório. O conceito da sucessão, em qualquer situação em que seja empregado, remete-nos ao que “vem depois”, a algo que será de algum modo diferente daquilo que “existia antes”: algo acontece e altera a situação que antes vigorava.
Um processo é uma marcha, um encadeamento de eventos, no qual um leva ao evento seguinte. As teorias de gestão atualmente, costumam a dedicar uma atenção especial à mudança, dado que, na última década, ela tem sido frequente, radical e disruptiva. Um processo é, portanto uma sucessão de mudanças produzidas por ação de algo ou de alguma pessoa ou decorrentes de uma dinâmica dos eventos no processo.
Voltemos à questão inicial que nos trouxe aqui: a sucessão de pessoas em uma organização empresarial. Esses processos de sucessão obviamente não são naturais, mas criados e administrados. Eles necessitam que haja uma intervenção, requerem haja iniciativa e exigem que decisões sejam tomadas. Esse processo precisa mostrar um grau de coerência, conexão e lógica, capaz de lidar com a complexidade que compõem um processo, bem como as mudanças e as permanências que nele estão implicadas.
Processos são postos em marcha, nas organizações, por pessoas – que atuam impelidas por motivações, interesses, objetivos pessoais e coletivos. E, por trás desses interesses e motivações existem paradigmas e midsets, ou seja, modelos de pensar e de agir que ser reforçam entre si: quanto mais se age de um dado modo, mais se confirma que é correto pensar daquela forma e neste momento se estabelece um comportamento grupal.
Recomendados pelo LinkedIn
Ou seja, em um processo de sucessão, frequentemente aqueles que estão deixando o comando desejam que haja continuidade, e que os que chegam para o lugar sigam agindo do mesmo modo – obviamente porque lhes parece correto o que faziam. Isso pode representar um grande perigo, porque, inevitavelmente, o novo sempre vem! Em qualquer época, o processo de sucessão sempre exigiu alguma mudança, embora tenha propiciado também algum nível de permanência. E, se isso tem sido verdadeiro por todo este tempo, daqui por diante, quando as transformações no mundo são especialmente rápidas e disruptivas, os processos de sucessão devem abandonar o modelo de gestão do passado e pensar em competências para o futuro.
Afirmar que a sociedade, os mercados e o comportamento do consumidor vêm passando por aceleradas e profundas transformações já se tornou uma trivialidade. Não há quem não tenha se sentido perplexo e inseguro ao ser colocado diante da urgência de se adaptar a essas novas realidades. Simplesmente, não sabemos como agir em um mundo em que há poucas certezas e muitos desafios.
Traga o processo e o plano de sucessão para a sua estratégia empresarial, ao final, a sucessão é, na grande maioria dos casos, um acontecimento perturbador em algum grau, quase sempre gerador de indefinições e tensões! O processo da sucessão é um dos principais assuntos a serem tratados pelos fundadores e conselhos, não pode ser algo improvisado, repentino e não planejado com antecedência. É ele que garante a continuidade! Vamos fazer o nosso plano de sucessão acontecer?