Superação é apelido!
O tema “Superação” sempre me atraiu. Deve ser por causa que preciso provar minha capacidade, com algum esforço adicional, por conta da deficiência visual.
Há uns anos, fui convidado para participar de um Evento de TI e a pessoa que me convidou, me disse que teria uma Palestra motivacional sobre superação. Na verdade ele quis me atrair para o evento, sabendo que era algo que tenho interesse.
Eu fui para o evento, mas antes de aceitar eu até me ofereci para em uma outra oportunidade, me dispor para dar alguma palestra sobre minha carreira ou coisa parecida. Por educação, ele disse que seria bem vindo.
Pois bem meus caros, esse evento foi em Guarujá, no ano de 2012. Ficamos três dias em um Hotel e o evento todo se desenrolou. Mas a minha surpresa mesmo foi quando anunciaram o palestrante sobre o tema de superação: um dos sobreviventes dos Andes!
Pasmem. Isso é superação. Até fiquei com vergonha de ter me oferecido para testemunhar que viajo todos os dias de Campinas para São Paulo e gerencio área de Tecnologia, uma vez que a história destes sobreviventes do desastre dos Andes, supera qualquer “superação”.
Relembrando a história. Em 13 de Outubro de 1973, um avião levando adolescentes de um time de Futebol para o Chile, caiu nas Cordilheiras do Andes, em um remoto local na fronteira com a Argentina. Apenas 16, dos 45 , sobreviveram. A região aonde o avião caiu era deserta, com neve perene e os jovens estavam com roupas de esporte e despreparados totalmente para algum tipo de incidente, sem contar que os pilotos e treinadores, morreram na queda, além de mães, irmãos, amigos e parentes destes sobreviventes.
Depois de uma semana, eles ouviram pelo rádio do avião que as buscam tinham se encerrado e que as autoridades consideravam que todos estavam mortos e que ninguém sobrevieria sem suprimentos, sem água, sem abrigo nas temperaturas de -30º, avalanches de neve e total hostilidade. Um verdadeiro cemitério para enterrá-los. A decisão de comer a carne dos que morreram, relata o palestrante, foi o mais doloroso, mas era realmente algo entre a vida e a morte. Foram 72 dias de pavor e perseverança, em condições de fato sub-humanas, mas eles tinham vontade de viver e muitas vezes, aquilo que os fizeram viver, foi pensar na família, na namorada que tinha ficado em casa ou no sonho que precisaria se concretizar. O Álvaro que palestrou para nós , disse que aquilo que o motivava ficar vivo a cada dia, era pensar em rever sua namorada Margarida e neste momento, com muita emoção, apontara para ela, agora sua esposa. Foi marcante.
Certamente não quero contar aqui toda a história e sim, incerir este tema de superação em nosso cotidiano. Muitas vezes, por pouca coisa, desistimos, ficamos mau humorados e até mesmo dizemos que não somos capazes.
Quando queremos, quando realmente necessitamos, quando a coisa fica entre a vida e a morte, somos capazes. Nós temos um diferencial dos outros seres , temos livre harbítrio, temos a capacidade do querer e do realizar. Não podemos concluir que não podemos ou que não somos capazes.
Não deixe que a barreira que voce mesmo coloca para transpor, seja tão alta e tão grande, que não seja possível esta ultrapassagem!
Invista um tempinho e assista este documentário:
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