Superpoderes Cognitivos #datathinking2020

Superpoderes Cognitivos #datathinking2020

**Esse estudo faz parte da publicação Data Thinking 2020 produzida pelo Cappra Institute for Data Science & Ricardo Cappra, para acessar gratuitamente o material na íntegra visite 2020.cappralab.com

Humanidade limitada = Cognição limitada

A tecnologia sempre foi pensada por humanos, e isso obviamente é um limitador para a evolução tecnológica. 

Sempre que um ser humano pensar na solução de um problema, ele inevitavelmente limita-se ao universo que conhece, aquilo que o afeta diretamente ou impacta a vida das pessoas que estão ao seu redor. Pensar no aprendizado de máquina exige uma análise de como o ser humano aprende e registra conhecimento.

A forma que os humanos armazenam conhecimento continua evoluindo

Nossas primeiras formas de registro de conhecimento são desenhos, armazenados em pedras. Nossa primeira evolução é para a escrita à mão, armazenada geralmente em documentos e livros. Posteriormente desenvolvemos tecnologia para acelerar - e padronizar - o armazenamento de conhecimento, então as máquinas de escrever foram criadas para armazenamento do conhecimento do mundo. Em seguida, por necessidade de formas mais eficientes de acessar a informação, chegamos ao computadores, que além da digitação para armazenar conhecimento de forma mais rápida, ainda trouxe o benefício de sistemas de busca mais rápidos para acessar a informação. Mas aquele grande teclado foi reduzido para equipamentos que podemos carregar em qualquer lugar, onde a digitação exige um esforço cada vez menor. Atualmente os smartphones coletam muito do conhecimento da sociedade, são registros individuais que quando unificados tornam-se grandes bancos de conhecimento do mundo, tudo na internet - armazenado em nuvem - para uma gestão mais eficiente de todo esse conhecimento. Atualmente a sociedade está reduzindo o esforço de escrita, substituindo por emojis e áudios.

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Digitar é um trabalho burocrático e desnecessário 

Digitar é uma tarefa muito trabalhosa. 

Os humanos não inserem novas informações em seus cérebros através da digitação, não seria prático adquirir conhecimento dessa forma. Nós lemos, ouvimos e até escrevemos - nesse caso como um reforço de registro para nossos cérebros - mas na prática tudo que está ao nosso redor está de alguma forma sendo armazenado. Adquirimos conhecimento através dos nossos 5 sentidos, e quando precisamos recuperar algo nossos cérebros ativam um mecanismo similar ao “buscar na internet”. Através da visão, inserimos em nossos cérebros as imagens e textos que capturamos. Através da audição capturamos sons e conversas, e armazenamos tudo isso para uma possível consulta futura daquela informação.

Esse contexto explica o atual momento que vivemos com as máquinas, agora elas podem aprender através das interações humanas, não só através da escrita. Os assistentes pessoais são os primeiros grandes mecanismos de captura desse conhecimento em forma de diálogos (Alexa, Siri, Google, Cortana,…) se espalham pelo mundo para aprender e nos ajudar nas atividades rotineiras, essas máquinas não precisam que os registros sejam escritos para armazenar conhecimento. 

A primeira fase dessa tecnologia, ainda é baseado no padrão de armazenamento de conhecimento antigo, ou seja, segue um longo roteiro: 1) a máquina captura a voz (cognitive computing); 2) transforma em texto; 3) processa a informação (artificial intelligence); 4) armazena/aprende (machine learning); 5) encontra uma resposta no banco de dados - que está em forma de texto; 6) transforma em voz; 7) e responde em forma de diálogo; tudo isso em milésimos de segundos.

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Tudo gera conhecimento

[Aprendizado por diálogo]

Em um futuro muito próximo - com processamento quântico e armazenamento mais eficiente da informação - as máquinas não vão mais precisar guardar os registros em formato de texto, será tudo armazenado em forma de áudio, sem necessariamente a transformação disso em texto - isso atualmente ocorre para reduzir o volume de armazenamento nos bancos de dados

Novas técnicas científicas também farão com que entendimento e tratamento semântico da informação sejam mais eficientes, pois hoje essas máquinas ainda falham na compreensão dos registros de áudio. O aprendizado por diálogo está abrindo uma nova janela na forma como as máquinas aprendem - e humanos armazenam conhecimento, será um armazenamento de conhecimento mais informal, e não vamos achar estranho “falar com uma máquina”.

[O dados de todas as coisas]

Em paralelo ao armazenamento de conhecimento em formato de diálogo, ocorreu uma grande evolução tecnológica na coleta e armazenamento de informação através de smartphones, sensores (ruas, lojas, eletrodomésticos,…). 

Pequenos dispositivos coletam imagens, sinais, áudios de forma ininterrupta, os Dados das Coisas - chamamos de Data of Things, para associar a Internet of Things. Todos os novos recursos tecnológicos possuem a captação de dados: sua nova geladeira, sua TV, sua cafeteira, as lâmpadas da sua casa, e qualquer dispositivo com possibilidade de conexão com a internet (seja um Wi-Fi, bluetooth,...). 

Análises cognitivas

Esses novos dados estão armazenando um tipo de conhecimento sobre a sociedade - e sobre as organizações - que antes não era possível registrar, pois a velocidade de coleta e recursos de banco de dados eram limitados, mas agora todas essas informações estão ensinando algo sobre nosso comportamento, preferências e hábitos.

Estamos vivendo um momento muito especial, onde a capacidade de cognição humana está sendo amplificada todos os dias, com armazenamento contínuo através de máquinas que poderão no futuro nos ajudar a solucionar problemas considerados impossíveis - até agora. 

A evolução analítica ganha um novo capítulo por causa desses novos recursos, agora as análises serão mais avançadas. Haverá uma menor dependência da descrição feita por humanos, a coleta direta dos seus estímulos, diálogos e reações permitirão novas descobertas e a evolução mais rápida dos padrões de cognição humana.

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Análise de impacto na sociedade e organizações

Os analistas do Cappra Institute investigaram o potencial do impacto desse tema considerando 3 fatores:

Novidade: o quanto o assunto é novo

Atividade: o quanto o assunto é popular

Impacto: o quanto vai impactar em 2020

Com essa análise desenvolvemos um Score que representa o impacto desses 3 fatores, considerando uma variação entre 0 e 10. 

Esse score é um bom indicador de senso de urgência de ação nesse tema.

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Por que você deve observar essa tendência em 2020?

Os Superpoderes Cognitivos já estão à disposição, ainda nas mãos de poucos privilegiados, mas o armazenamento de conhecimento já está ocorrendo dentro de nossas casas. O uso ainda é limitado por parte dos usuários finais dessa tecnologia, poucos utilizam os recursos de assistente virtual, então não tiveram a oportunidades de experimentar os benefícios. Esses assistentes podem fazer tarefas banais como cantar uma canção de natal, mas também podem ajudar você a organizar melhor sua vida através de uma rotina automatizada - imagine uma pessoa com deficiência visual que recebe auxílio desse tipo de tecnologia para realização tarefas caseiras antes impossíveis para ela. 

Mas precisamos admitir que é estranho usar assistentes virtuais, falar com máquinas - através de voz/diálogo - para ajudar em alguma tarefa ainda não é um hábito. Em breve perceberemos que esses superpoderes cognitivos podem ser usados para potencializar as nossas capacidades, reduzindo as limitações que nossos cérebros orgânicos possuem. Os cérebros eletrônicos podem amplificar a capacidade humana de armazenamento, e potencializar o acesso e uso dessa informação.

Recomendações:

- Experimente algumas formas novas de registro de conhecimento, por voz por exemplo, isso fará você compreender o funcionamento desses recursos;

- Você não precisa de recursos altamente tecnológicos, seu smartphone já possui esse recurso de assistente virtual; 

- Se quiser ampliar essa experiência, coloque uma Alexa, Google Home,... em sua casa;

- Você precisa vencer a barreira de "conversar com uma máquina”;

- Se você tem um negócio e usa dados, prepare-se para lidar com esse novo tipo de informação armazenada. Os processos de coleta, tratamento e análise dos dados precisarão ser revisitados e atualizados.

Na prática:

Em 30 dias: Faça alguns testes com a assistente virtual no seu smartphone, você vai se divertir fazendo isso.

Em 6 meses: Identifique aqueles recursos que podem potencializar o uso desse tipo de tecnologia em sua vida, seja em uma automação na sua casa ou no seu negócio. Por exemplo, uma assistente virtual pode participar ativamente de uma reunião, armazenando conhecimento para posterior análise.

Em 1 ano: Verifique aquelas práticas que foram mais interessantes e crie um plano de automação baseado nisso, essa ação vai expandir a atual capacidade de cognição.

**Esse estudo faz parte da publicação Data Thinking 2020 produzida pelo Cappra Institute for Data Science & Ricardo Cappra, para acessar gratuitamente o material na íntegra visite 2020.cappralab.com

Rodrigo Seoane

Senior UX Designer | UX/UI | Platform Design explorer

4 a

Grande post Ricardo. Eu acho que você podia se aventurar também sobre o quanto a ficção científica já navega por esses temas. Eu já vislumbrei a passagem de informação como a cena do super homem aprendendo sobre Krypton, no filme de 1978. ;) 

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