SUS Digital: Inclusão e Resolutividade
O Ministério da Saúde lançou neste mês o Programa SUS Digital, estratégia que pretende ampliar o acesso da população brasileira às políticas públicas de saúde de forma qualificada e resolutiva.
Na prática, a Portaria GM/MS nº 3.232/2024 dialoga com as(os) mais de 190 milhões de usuárias(os) que dependem do SUS – maior sistema de saúde pública do planeta. A ideia é que esses avanços ocorram a partir de uma transformação digital. E é nesse aspecto que a nova política torna-se ousada frente aos inúmeros desafios que esse sistema tão complexo contabiliza.
Isso significa, de antemão, pensar que o Brasil tem aproximadamente 36 milhões de pessoas sem acesso à internet. O primeiro obstáculo a ser superado, portanto, será sensibilizar, conscientizar e engajar as pessoas para o uso das tecnologias diante desse cenário de exclusão digital. Isso não significa, entretanto, que o SUS Digital não seja possível. Na verdade, ele é essencial.
Isso porque o programa também pretende fortalecer o ecossistema de saúde digital no SUS, promover a interoperabilidade de dados em saúde, reduzir a iniquidade no acesso às soluções e serviços de saúde digital nas diferentes regiões do país e, ainda, contribuir com o desenvolvimento de um ambiente colaborativo para o aprimoramento da gestão do Sistema Único de Saúde. Em essência, são esses os pontos que, de forma bem articulada, podem revolucionar o planejamento e a execução das políticas públicas de saúde nos territórios.
Essas questões são centrais para a promoção da saúde e a transformação da vida das pessoas, princípios fundantes do Grupo Desenvolve. Isso nos leva a refletir sobre outro aspecto da nova política: como garantir o protagonismo da(o) usuária(o) nas decisões sobre produtos e serviços de saúde digital a partir de suas necessidades mais específicas?
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É preciso compreender que o SUS Digital será desenvolvido em três etapas, ou seja, planejamento, implementação e avaliação dos resultados. Assim, será possível observar se a indução da estruturação e do funcionamento de soluções tecnológicas nos equipamentos e serviços de saúde, entre tantos outros fatores, está atingindo o seu propósito em todas as regiões do país.
Estados e municípios têm papel central nesse processo e, agora, uma nova janela de oportunidades se abre. Será interessante acompanhar como cada especificidade local conseguirá se impor, exigindo das gestões soluções inovadoras para problemas desafiadores.
As gestões têm até 2 de abril para realizar a adesão pela plataforma InvestSUS.
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