sustentabilidade
NOVO MODELO DE LIDERANÇA PARA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
(*) (**) Prof. Valdir R. Borba
CONCEITOS
Conceito de sustentabilidade
De maneira geral Sustentabilidade são ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações.
No mundo empresarial, sustentabilidade é um conjunto de ações que uma empresa toma, visando o seu desenvolvimento operacional, econômico e social respeitando o meio ambiente do setor e especialmente da sociedade, ou seja, sem agredir o meio ambiente e a humanidade, além de colaborar para o desenvolvimento da própria sociedade.
Portanto, sustentabilidade empresarial vai muito além das ações individuais em defesa da preservação da vida, do planeta e da sociedade. Alcança de forma ampla e está diretamente relacionada à visão holística de sociedade e de vida no planeta.
De maneira ampla, teleológica do tudo e do todo, para que a vida se mantenha segura e com dignidade é preciso entender a sustentabilidade como base ou fundamento, princípios e valores e, tanto o homem quanto as organizações, devem estar alinhados na defesa e na preservação desses princípios e valores pétreos, essenciais para a vida no ambiente e em sociedade. Isso está diretamente ligado à responsabilidade e a ética, essencialmente dentro da sociedade de organizações e governos.
Ao nível de governos temos os grandes encontros e os foros mundiais que emitem protocolos nos quais deveriam se embasar as políticas governamentais para propiciar a formulação de políticas de planejamento e de controle das ações dentro dos territórios de cada nação e, especial e diretamente, relacionadas às atividades das empresas.
Não pretendo nesse texto adentrar as questões nacionais e transnacionais da sustentabilidade ambiental, deixo esse assunto para os ambientalistas, mas quero me ater à liderança para sustentabilidade nos aspectos internos das organizações e em especial das empresas de saúde.
Nos hospitais já é comum a discussão, o debate e as ações de políticas e diretrizes ao Hospital Verde, ou Hospital construído em bases de sustentabilidade ambiental, de respeito e conforto aos pacientes e aos trabalhadores, com preocupações no reuso de águas, iluminação, ventilação, UTI(S) Humanizadas, Estação de tratamento de esgotos (ETEs), ambientes climatizados e tantos itens que integram a agenda da arquitetura moderna de hospital sustentável.
A liderança para sustentabilidade em geral
A minha grande preocupação é com os aspectos de Responsabilidade Social e Gestão Ética, especialmente no quesito de Governança ética como pilar da construção de um modelo de edifício organizacional sólido, firmemente sustentado por um estilo de gestão que possa levar a uma nova geração de empresários, gestores e pesquisadores da organização social, envolvidos na economia social e ética, no respeito e no cuidado com o homem e com a sociedade e, para isso, é preciso entrar nos aspectos de Liderança situacional, social, econômica e eticamente sustentável. É preciso combater a corrupção.
O Primeiro valor ou princípio dessa gestão ou liderança eticamente sustentável é a honestidade. Esse é o grande pilar que dará credibilidade para uma plataforma de sustentação a toda temática de sustentabilidade empresarial, ambiental e planetária.
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Sem esse principio não teremos o cuidado com o lixo ( no hospital ou no planeta) com o meio ambiente, com os lençóis freáticos (pobre aquífero Guarani) com a floresta ( pobre Amazônia). Isso começa individualmente com cada um de nós, mas coletiva e essencialmente nas empresas e nos governos.
O novo líder empresarial voltado para sustentabilidade empresarial
Na modernidade ética da liderança inovadora e com um novo modelo de gestão deverá prevalecer a integralidade em todos os sentidos, com respeito à bioética, ao meio-ambiente, com responsabilidade social e corporativa e será predominantemente ético, sem fraudes e com respeito à diversidade em todos os níveis e ambientes.
O novo modelo de liderança para a sustentabilidade será de integralidade convergente como síntese de todas as teorias de administração, reunindo no mesmo campo unificado as teorias sociais, humanas e biossociais e as tecnologias de ponta, incluindo a realidade virtual, telecomunicações, nanotecnologia, genética, com a ecologia, bioética, humanismo e essencialmente respeito e humanização.
Essa liderança formatará das partes para o todo a gestão holística como produto da teoria de integralidade em administração e não poderá ser instrumento de dominação, de disputa de poder, de exclusão, de astúcia ou de fraude. Os paradigmas de poder, status, vaidade, egoísmo, segregação e de dominação corporativa deverão dar lugar a exemplos e modelos mais integrativos da humanidade. Nesse novo modelo deve-se buscar a erradicação da fome e da guerra, sem o que, destruiremos o mundo e não teremos nenhum futuro.
A gestão com essa característica deverá aplicar a economia social de distribuição e renda e com inclusão social, responsabilidade e controle social. Sem a aplicação desse modelo de integralidade no mundo, na economia global, seremos fadados aos modelos de crises sistêmicas e recorrentes, além de disputas com agressões e corrupção e caminharemos ao autoextermínio de empresas, organizações, nações e da própria humanidade.
Esse novo modelo de integralidade convergente que vislumbramos terá uma abordagem sui-generis formada pela gestão participativa, holística, virtual, transcendental e essencialmente humanizada (voltada para qualidade de vida do homem e do meio ambiente), que se processará com responsabilidade social e ambiental e redundará na plenitude da gestão.
Administrando com a mente e com o coração
Pode parecer paradoxo, mas ou administramos com a mente e com o coração, ou seja, com inteligência racional, emocional e social, adotando modelos éticos, de responsabilidade social e a visão de integralidade e de interconexões em todos os níveis ou continuaremos com problemas, sociais, econômicos, ambientais e governamentais que inviabilizarão a vida em todos os sentidos.
A responsabilidade fica para os governos, gestores, pesquisadores e educadores da área de gestão politica e empresarial para que se forme esse novo modelo de LS - Liderança Sustentável.
Mãos à obra. Vamos juntos, construir esse novo líder para o futuro que se avizinha.
(*) Administrador e Administrador Hospitalar. Mestre em administração; Administrador Emérito 1991 – Colégio Brasileiro de Administradores Hospitalares.
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(**) Autor do Livro: Integralidade Convergente – Editora DOC Rio de Janeiro, 2014