#TBT de 1 ano pandêmico
Há um ano atrás recebia a informação de que seria necessário ficar em home office para acompanharmos as informações de um vírus que, infelizmente, ganhava proporções alarmantes de uma pandemia. Diante de muitas incertezas, adaptamos a nossa casa para acomodar duas pessoas que precisariam ficar no computador. Nem mesa de escritório a gente tinha, afinal, fazia pouco menos de seis meses que havíamos nos mudado para o nosso apartamento e estávamos montando a casa aos poucos. Mas, deu certo, e a cumplicidade se tornou maior, encontramos uma forma ainda mais amorosa e harmônica de ficarmos 24 horas juntos, sem sair de casa, só para o essencial.
Da família, a distância já fazia parte deste roteiro, mas o que não imaginava era ter que lidar com a imprevisão, a incerteza do reencontro, o medo da doença afetar alguém, afetar a nós. Buscamos lidar com fé e confiança, e longas vídeo chamadas de parabéns, afetos, choro e diversão. Aos amigos, a saudade dos encontros de luluzinhas, dos almoços mensais, dos amigos-x, mas a certeza dos vínculos afetivos de longa data; assim como também a graça do encontro de novas amizades que passariam a ser suas verdadeiras companheiras de rotina e de vida. Dos planos e viagens, cancelamentos e redireção de rotas, mas, tudo bem, nada que não poderemos fazer mais pra frente.
Aí, que agente se ajeita, se reiventa e desacelera, pois desesperar não estava nas minhas listas de prioridade: manter a saúde mental e física. Aprendi a colher tomatinhos do pé; me aproximar das plantas e acompanhar o pôr-do-sol da janela na mais infinita admiração...
Quase quatro meses depois, o retorno parcial do trabalho presencial, ainda com muita incerteza, mas com a necessidade de retomar, de revezar, de (re) ajeitar o ambiente. E coloca máscara, e recarga o álcool gel, e troca de roupa de imediato quando chega em casa, e vai tomar banho, e higieniza o sapato, e, e, e, ufa… hora de dormir e recomeçar…
A pandemia também me trouxe quilinhos a mais, numa devora por doces e lanches. Mas, também me fez repensar e eliminar 10 kg em seis meses. E a buscar o equilíbrio em tudo: nem radical demais, nem entregue totalmente...
Diante de tudo isso, mesmo nos momentos de maior angústia e incerteza, o sentimento era de profunda gratidão (e ainda permanece). E aprendi a contemplar e almejar as coisas mais simples: as sextas-feiras viraram o dia da trança; cada final de mês se tornou um motivo de comemoração; e nas pequenas atitudes busco estar sempre próxima dos meus, ainda que na ausência física, mas sempre presente no coração.
A doença ainda precisa de cura, de vacina, mas, muita coisa depende do ser humano, a consciência de pensar no outro, de quem pode ficar em casa, ficar, para o que não consegue, poder sair; os cuidados básicos de distanciamento e higienização. Agora é tempo de cuidado. Precisamos retomar a nossa saúde mundial, os abraços intermináveis, as risadas sem máscara, o ir e vir.
Permaneça gentil com o outro, quase ninguém está 100% bem…
Vamos nos ajudar, se cuidando! #Venceremos o #vírus #juntos