Tecnologia como fator-chave no agronegócio

Tecnologia como fator-chave no agronegócio

Muito se fala em como a tecnologia avançou no campo. E não tinha como ser diferente. Em um país onde o agronegócio é responsável por 42% das exportações e representa 23% do PIB nacional, temos a tecnologia como importante aliada no desenvolvimento de novas soluções, aumento de produtividade e na abertura de portas para nos fazer ultrapassar fronteiras.

Quem é do setor sabe, e até quem não é sabe também, que estamos sujeitos a muitas variáveis que nos tornam profissionais na arte da adaptação: mudanças climáticas, pragas em lavouras, doenças em criações, logística precária e, inclusive, todas estas mesmas condições em países importadores – o que afeta diretamente o nosso mercado, já que produzimos os principais produtos agrícolas consumidos no mundo. Tudo isso, claro, em paralelo à economia nacional e seus altos e baixos, crises etc. É um teste de resiliência sem fim.

Nesse cenário cheio de possibilidades nasceram também as AgTechs, startups dedicadas a desenvolver soluções específicas para as “dores” do agronegócio, impactando positivamente na análise preditiva de riscos, resolução de problemas, coleta e análise de dados (o famoso big data) por meio da inteligência artificial e até mesmo com soluções para a gestão e comunicação entre as pontas da cadeia produtiva.

De acordo com levantamento feito pela KPMG em conjunto com o Distrito, das mais de 7 mil startups brasileiras, 135 estão voltadas exclusivamente para o mercado agro, e este número não para de crescer. Isso mostra que esse mercado, que alguns julgavam ser resistente às inovações, hoje se mostra “heavy user” de tais tecnologias e anseia cada vez mais por novidades que vão facilitar o dia a dia, prever adversidades e contribuir para o aumento da produtividade.

Nesse caminho, demos um importante passo com o desenvolvimento do aplicativo Minerva Pecuarista, que é resultado dessa era que exige a coleta, análise e gestão de dados em prol de uma pecuária cada vez mais eficiente e sustentável. Mais do que isso, é ainda uma ferramenta facilitadora da comunicação entre elos da cadeia e que garante a precisão das informações. Afinal, de que adianta tudo isso se elas não forem assertivas?

A tecnologia foi desenvolvida em parceria com aqueles que de fato a utilizariam, os pecuaristas. Tivemos uma fase de imersão para definir em conjunto quais funcionalidades seriam fundamentais no app. E foi assim que criamos, dentro de casa, a plataforma que integra a cadeia de maneira efetiva, permitindo a gestão transparente das informações desde a origem do gado, indicadores de desempenho, programação de etapas do processo produtivo, histórico de romaneio e até mesmo a disponibilização de nota fiscal para pagamento. E essa é apenas a primeira versão. Já estamos trabalhando no aprimoramento para torná-la cada vez mais funcional e eficiente. 

Com o app, os kms existentes entre nós e nossos fornecedores deixaram de existir e ganhamos ainda mais agilidade na troca de informações. O resultado? Melhoria constante no processo produtivo e, consequentemente, produtos de excelência na mesa dos consumidores. Ouso dizer que temos, agora mais do que nunca, a garantia da procedência, qualidade e prazo na palma da nossa mão.


Riba Jr

Diretor de Ciência e Inovação na Prefeitura Municipal de Araguaína - Sec. Mul. de Ciência, Tecnologia, Inovação e Relações Internacionais

5 a

Fazer uso de tecnologias da informação como otimizadores de processos fullfilment demonstra a importância e a valorização dos fornecedores. Excelente artigo! Fabiano Tito Rosa

Marcel Augusto

Diretor Operações / Diretor de Melhoria Continua / Gerente de PMO / Gerente de Projetos / Gerente de Programas/ Gerente de Melhoria Continua

5 a

Gerard Eysink👏👏👏👏👏

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