Tecnologia como forma de democratizar o acesso à saúde
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Tecnologia como forma de democratizar o acesso à saúde

Os avanços no desenvolvimento tecnológico vem transformando o mercado da saúde a passos largos. A aplicação da tecnologia, que antes era restrita ao meio da pesquisa científica e a equipamentos de ponta, hoje chega até à casa dos pacientes de uma forma mais despretensiosa, por meio do celular. A telemedicina, até agora reprovada e inibida pelos defensores da forma tradicional de medicina, foi impulsionada durante a pandemia por ser a única solução diante o contexto atual. São razoáveis as preocupações acerca dessa nova forma de atendimento, seja ele um diagnóstico via exames remotos ou um acompanhamento por aplicativos de celular, pois a maior facilidade no acesso a profissionais da saúde traz diversos impactos para a estrutura tradicional de atendimento. 

Em um país como o Brasil, com uma extensão enorme e um sistema de saúde público insuficiente para atender toda a população, a digitalização do atendimento através da telemedicina e aplicativos de cuidados à saúde podem ser peças chave para superar esses desafios. Por outro lado, deve-se levar em conta aqueles que não têm acesso à internet, que ainda são muitos no Brasil, para que uma solução que visa democratizar o acesso à saúde não acabe corroborando ainda mais para a marginalização dos que mais precisam.    

Além do ponto de vista social da democratização da saúde, o atendimento remoto traz consequências diretas e relevantes para o dia a dia da área médica. O aumento do número de atendimentos significa uma carga maior para os profissionais da saúde e, muitas vezes, uma diminuição na remuneração por hora. Ademais, há a exaustão devido ao uso contínuo de telas de computadores e celulares - impactos sofridos por muitas outras áreas, mas ainda pouco mensurados e compreendidos atualmente.

Por um lado, o acompanhamento digital de pacientes reduz custos e aumenta o número de atendimento realizados, além de expandir o alcance para áreas remotas do Brasil. Por outro, aumenta a carga de trabalho dos profissionais da saúde e mexe com uma estrutura de séculos de atendimento médico. 

Para se aprofundar nesse tema e entender melhor os dois lados da moeda, convido todos a assistirem hoje às 19.00 uma live sobre o tema: Democratização do acesso à saúde através da tecnologia. Na live eu serei mediadora da conversa entre o Dr. Thiago Jorge, diretor médico da WeCancer, com o José Augusto Stuchi, CEO e Co-fundador da Phelcom.

A WeCancer é um aplicativo gratuito de acompanhamento digital de pacientes com câncer e a Phelcom criou o primeiro retinógrafo portátil, uma tecnologia que simplifica e facilita exames diagnósticos de retina. Ambas as empresas têm muito para dividir sobre o tema.




Perfeito seus pontos Julia Moura Campos! É de extrema importância que as tecnologias emergentes para criar acesso, não acabem replicando modelo tradicional que restringe acesso. E assim o ciclo de perpetuar. Ansioso para ver o que os speakers tem a compartilhar

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