TECNOLOGIA Dispositivo detecta aglomerações no comércio em tempo real
Será que o estabelecimento aonde preciso ir está cheio? Essa é a pergunta feita por muita gente antes de sair de casa. Em época de pandemia causada pelo novo coronavírus, a população evita locais que tenham aglomerações. Mas, como saber se a farmácia, a lotérica ou o supermercado estão lotados? Foi pensando nisso que a startup paulista Milênio Bus criou um sistema para monitorar em tempo real a aglomeração em estabelecimentos.
A solução já existia para ônibus, mas com a disseminação do coronavírus, foi adequada para estabelecimentos. Chamada de Índice Nacional de Aglomeração Geográfica (INAG), a plataforma surgiu após a startup fazer uma pesquisa com cerca de cem pessoas. "60% dos entrevistados disseram que tinham a preocupação de chegar no lugar e estar cheio de pessoas. Então, decidimos adaptar a tecnologia para outros locais", diz Marcel Ogando, co-fundador da empresa.
A tecnologia é oferecida para as empresas por meio de aluguel. O preço depende do tamanho da loja, mas pode custar de R$ 120 a R$ 150 por mês. "Se for uma loja grande, com certeza, vai precisar de mais de um dispositivo", diz Ogando. A expectativa é que as empresas contratem a tecnologia a partir de julho. "A gente entende que vai ter um crescimento na demanda dessa solução. Acredito que a demanda aconteça a partir de julho".
O dispositivo identifica o número de pessoas dentro de um raio de quinze metros por meio de códigos de identificação emitidos pelo celular do cliente. "Os smartphones buscam redes sem fio no local. A partir daí, detectamos o número de pessoas", afirma Ogando.
Após pesquisar o estabelecimento, o usuário terá informações em tempo real sobre a métrica de aglomeração, a data e o horário. A taxa de acerto, de acordo com o co-fundador, varia entre 80% e 90%.
Segundo o empreendedor, o INAG não fere a privacidade dos clientes. "Nosso serviço não armazena dados pessoais, apenas contabiliza o número de pessoas que tem ali", diz.