Tecnologia para o Negócio Entender – Parte 1
O tema deste artigo é a Arquitetura de Aplicativos, que mudou sensivelmente nos últimos 7 anos, responsável por uma enxurrada de novos termos como on-premise, cloud computing (nuvem privada e pública), edge computing, fog computing (nevoeiro) e mist computing (névoa).
On-premise
Trata-se do modelo vigente até a década passada, onde todos os computadores e infraestrutura eram comprados pelas empresas, juntamente com os aplicativos de negócio. Em temos de modelo de aplicativos, reinou durante muito tempo a arquitetura em três camadas, com segregação dos dados e processos e, no final de sua vida, os modelos orientados a serviços consumíveis.
Cloud (Nuvem Pública e Privada)
A demanda por agilidade na nova economia condenou o modelo oneroso e lento do on-premise, abrindo espaço para um conceito de consumir serviços sem a necessidade de ter pessoas técnicas e ativos dentro da empresa. Mais do que um modelo econômico de aportar inovação, a nuvem faz parte de um movimento de “servilização” da economia, que transforma produtos em serviços.
Na nuvem pública o cliente acessa um endereço web, onde utiliza um ambiente próprio e paga mensalmente pelo que consumir. Na nuvem privada, a forma de cobrar o consumo é a mesma da pública, porém, o provedor leva o computador para dentro das dependências da empresa, sustentando o ambiente a distância.
Vantagens do Cloud (Nuvem):
- Custo variável
- Manutenção
- Inovação
- Dispensabilidade
- Adaptabilidade
- Escalabilidade/Elasticidade
- Extensibilidade
- Confiabilidade
- Disponibilidade
- Usabilidade
- Desempenho
- Portabilidade
- Unidade de fornecedor
Edge Computing
A Cloud substitui o On-premise mantendo os benefícios da concentração de dados e processos, favorecendo o controle e a escalabilidade. O surgimento de equipamento mais sofisticados nas extremidades dos modelos, como robôs, equipamentos com sensores IoT, smartphones, drones etc., desenha um quadro que questiona a necessidade de manter frequente tráfego de dados em tempo real, entre a nuvem e os periféricos. Nasce o Edge Computing.
Alguns autores consideram que Edge Computing existe quando não há nuvem e todo processamento e dados ficam nas pontas, com equipamentos se inter-relacionando através gateways (equipamentos de comunicação).
Fog Computing
É uma camada intermediária entre a Cloud e o Edge, geralmente posicionado fisicamente próximo aos equipamentos periféricos, dividindo a carga com a nuvem. Mantém os benefícios da inteligência nas pontas e reduz o trânsito massivo de dados em tempo real.
É uma realidade! Deve haver inteligência nas extremidades e nem sempre é fácil segregar o que pode ser resolvido nas pontas e o que depende da integração dos processos de negócio centralizados. Esse é o dilema do Fog Computing.
Mist Computing
É uma variação do Fog e Edge, onde os gateways tem capacidade de processar e armazenar os dados, quase como um computador.
Modelo do Futuro
Para demonstrar a relevância do entendimento desses conceitos, um material da Atos traz uma visão do modelo empresarial incluindo a robotização:
Observem que teremos uma variedade enorme de equipamentos inteligentes nas extremidades, em contato com o mundo externos, principalmente com os consumidores.
Numa segunda camada, a inteligência artificial opera na interpretação dessa variedade de robôs, como se fossem os sentidos de um grande organismo, com via dupla.
No centro, fica todo o processamento que depende de integração e orquestração, análises investigativas de amplo espectro e modelos vivos de aprendizado de máquina que depende de volume de dados para “treinar” os modelos.
No centro está a nuvem e nas extremidades Edge/Fog/Mist Computing, unidos pelos sensores IoT (Internet das Coisas) na camada intermediaria.
Concluindo
O novo modelo é este, com peças ainda se movimentando e camadas se acomodando. Muitos outros aspectos condicionam essa arquitetura, um deles é a segurança das informações nas pontas, posicionamento do aprendizado de máquina e custo total.
Meu propósito é ajudar aos senhores a não se perderem em tantos termos técnico.
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