Telejornal, 60 anos
Hoje houve festa na RTP, o Telejornal fez 60 anos de emissões e até convidaram algumas “velhas glórias” da casa que, entretanto, foram pragmaticamente afastadas por esta ou por outra qualquer administração.
Deixem-me então comer também uma magra fatia desse bolo de aniversário.
Queria tanto trabalhar na RTP que aceitei o trabalho de estafeta. Foi em 1977, tinha 19 anos. Durante um ano andei de mota a levar e trazer cassetes e bobinas de filme, de um lado para o outro. Depois, concorri para teletipista, uma função que deixou de existir já há muitos anos. Chamemos-lhe antes operador de telex. Concorri porque o posto de trabalho era numa sala ao lado da redação. Era ali que chegavam todas as notícias do que se passava no país e no mundo. Entretanto, iniciei a carreira de jornalista no jornal A Tribuna, pela mão do saudoso Amadeu José de Freitas, um dos “papas” do jornalismo desportivo português. Ao fim de um ano de telexes, escrevi uma carta a pedir a requalificação profissional, dado que era detentor de carteira profissional de jornalista. Fui aceite. Entrei para a equipa que foi fazer o Bom Dia Portugal. Isto foi em 1980. Estive lá até 1992, quando aceitei o convite para ir para a SIC, cansado de “prateleiras” e de injustiças. Trabalhei esses anos todos no Telejornal e no Jornal das 9 de boa memória (canal 2).
O resto da história não vem, agora, ao caso. Apenas quero dizer que das televisões que temos, a RTP é a que vejo, das poucas vezes que olho para o televisor.