Tendência x Contra-Tendência: o que fazer?
Num mercado competitivo que vivenciamos atualmente, repleto de expectativas organizacionais, inconstantes mudanças geopolíticas e alterações comportamentais, manter o posicionamento de uma marca, respeitando os seus valores e suas crenças, requer confiança e habilidade no entendimento das tendências futuras.
De um lado a saudabilidade, cada vez mais pujante, enriquece e desenvolve novos mercados e segmentos, não vistos a pouco menos de dois ou três anos atrás. Veganos, vegetarianos, ovolactovegetarianos e intolerantes, um vulcão de novidades e produtos personificados, próprios para atendê-los, de forma não mais apenas material, como também conceitual e de filosofia de vida.
Do outro lado, pesquisas que indicam que somos um dos países com maior número de obesos e com problemas cardiovasculares, demonstrando com isso um movimento contrário ao fator acima levantado em discussão, nos fazendo refletir que a mudança dos hábitos de consumo não ocorre em sua totalidade na população, mesmo que sejam observados em outros estudos números a cerca do aumento de academias, profissionais de nutrição e educação física, dietas, digitais influencers fit e etc, não estando vedada assim a variáveis como formação, cultura e classe social.
Ao longo de mais de oito anos de experiência na área de alimentos e bebidas, trabalhando com diversas marcas, sendo algumas posicionadas para oferecer soluções saudáveis aos pratos tradicionais e outras com propostas de segmentação focadas na valorização do momento prazeroso de comer sem preocupação, observo que existem espaços para os dois propósitos, não cabendo transformar totalmente o fast food com opções mais nutritivas apenas por perceber o aumento da tendência acima discorrida, entretanto oferecer em pequenos detalhes algo mais artesanal ou gourmet, deixando de lado a característica comum de industrialização neste segmento.
Podemos identificar este movimento na linha Signature do Mc Donalds, no aumento de hamburguerias especializadas no país, além das cervejas artesanais, da coca-cola stevia, dos chocolates, dentre outros produtos. O importante é estar atento a essas alterações de mercado, sem se descuidar do propósito de marca, que precisa ser fortalecido a partir do posicionamento firmado e proporcionado por um branding que se preocupa com todos os momentos de contato entre o cliente e a marca.
Não esquecer da essência da empresa é um belo passo para alcançar a sustentabilidade do negócio, sem grandes riscos, obtendo provavelmente um retorno sobre o investimento com um menor tempo possível.