Tendências de desenvolvimento da liderança para uma mentalidade de perenidade

Tendências de desenvolvimento da liderança para uma mentalidade de perenidade

Ao nos aproximarmos de 2025, novos desafios e oportunidades significam que as tendências de liderança continuam a evoluir em exigência e resposta. A capacidade de se adaptar, colaborar e liderar com autenticidade está se tornando mais crucial do que nunca. O Relatório Global Insights da Força de Trabalho 2024 da Korn Ferry examina as atitudes que afetam o sentimento dos colaboradores e enfatiza a crescente necessidade de os líderes e gerentes serem aprendizes ágeis, visionários, inclusivos, inovadores e tecnológicos.

Quando abraçam essas tendências, as organizações podem desenvolver líderes e gerentes ágeis e inclusivos, que estejam bem preparados para enfrentar os desafios do futuro próximo e impulsionar a antifragilidade organizacional. As principais tendências que moldam o futuro das empresas para cultivar uma liderança efetiva, apontadas no Relatório Global Insights da Força de Trabalho 2024 da Korn Ferry, são:

Preparar líderes para avanços tecnológicos rápidos e a revolução da Inteligência Artificial (IA) e Aprendizagem de Máquina. Os líderes precisarão incorporar uma mentalidade de aprendizado e adaptabilidade constantes, ficando à frente dos avanços tecnológicos e integrando a IA em seus processos estratégicos de tomada de decisão. Agilidade na aprendizagem e proatividade na prática serão os principais impulsionadores do sucesso.

Em um mercado cada vez mais competitivo, os líderes devem antecipar a mudança e impulsionar a inovação tecnológica. De acordo com a Pesquisa Global Workforce 2024 da Korn Ferry, quase dois terços (65,5%) dos líderes empresariais globais estão entusiasmados com o impacto da IA em seu trabalho. A maioria dos CEO (73%) e executivos seniores (80%) acreditam que a IA aumentará significativamente seu valor de mercado nos próximos três anos. Uma abordagem positiva para a tecnologia garantirá que os líderes e gerentes usem novas ferramentas e sistemas para manter uma vantagem competitiva. Compreender e usar a IA dentro da liderança é essencial para impulsionar a eficiência e tomar decisões baseada em dados.

Para apoiar isso, as organizações devem integrar a IA e outras tecnologias emergentes, oferecendo workshops e sessões práticas para que os líderes e gerentes aprendam como os aplicativos de IA relevantes podem aumentar a produtividade de suas equipes. A exposição prática como essa ajudará a desmistificar a IA e incentivará eles a experimentar suas capacidades. Além disso, incentivar projetos de IA em diferentes funções de negócios pode construir uma compreensão holística. Desta forma, todos eles podem ganhar diversas perspectivas sobre aplicações de IA, promovendo uma abordagem mais integrada e inovadora e alcançando uma maior adoção de tecnologias.

De acordo com o relatório, programas desenvolvimento de líderes (PDL) que adotam a transformação digital garantem aprendizado contínuo e adaptabilidade. A pesquisa da Korn Ferry revela que a empolgação com a IA varia globalmente, com 81% dos líderes empresariais na índia, 66% nos EUA e 47% no Reino Unido se sentindo positivos sobre o impacto da IA em seu trabalho.

Ao promover um ambiente onde a educação continuada e o aprimoramento de habilidades são priorizados, as organizações podem preparar sua força de trabalho para enfrentar os desafios futuros de frente. A implementação de webinar regulares e cursos on-line com foco em tendências e tecnologias emergentes de IA ajudará a manter os líderes e gerentes informados sobre os últimos desenvolvimentos, permitindo que eles permaneçam atualizados e integrem novas tecnologias em seu planejamento estratégico de forma mais efetiva.

Promover uma liderança inclusiva que valoriza a diversidade. Líderes inclusivos atuam como o indutores de conexão, criando ambientes onde a colaboração e as perspectivas diversas impulsionam a inovação e o sucesso dos negócios. Enfatizar a empatia com escuta ativa e a representação da cultura organizacional garantirá que os líderes construam equipes fortes e inclusivas.

O gênero e a inclusão desempenham um papel significativo nos níveis de conforto dos colaboradores. De acordo com a Pesquisa Global Workforce 2024, os homens (74%) sentem-se um pouco mais à vontade do que as mulheres (70%) ao discutir saúde e bem-estar. A inclusão se estende além das discussões sobre saúde. A capacidade de ser o eu pleno no trabalho varia muito em diferentes níveis dentro de uma organização. CEO (78%) e executivos seniores (82%) relatam sentir-se os mais aceitos, enquanto apenas 63% dos demais colaboradores compartilham esse sentimento, individualmente. Sempre que possível, as organizações devem considerar o estabelecimento de um Comitê de ESG e Responsabilidade Social para orientar as iniciativas DE&I e promover uma cultura onde todos os colaboradores se sintam aceitos e valorizados.

Os líderes devem criar ambientes onde diversas perspectivas sejam valorizadas e integradas. De acordo com a Pesquisa Global Workforce 2024, as perspectivas sobre diversidade, equidade e inclusão (DE&I) variam significativamente. No Brasil, 30% dos entrevistados veem a falta de comprometimento com a DE&I, enquanto nos EUA, 34% acham que suas empresas estão excessivamente comprometidas. Isso destaca a necessidade de os líderes serem ágeis e empáticos, entendendo as diversas expectativas dentro de suas organizações. Para promover a liderança inclusiva, as organizações devem aumentar a consciência cultural e a sensibilidade por meio de programas de treinamento e desenvolvimento abrangentes.

Garantir oportunidades equitativas para o desenvolvimento de liderança em todos os dados demográficos é crucial para o sucesso a longo prazo. As diversas perspectivas destacadas na pesquisa indicam que os líderes precisam ser estratégicos para atender às diferentes expectativas dentro de suas organizações. Para 2025, os PDL devem ser disponibilizados a todos os colaboradores, independentemente do histórico. Isso ajudará a criar oportunidades equitativas e fornecer o suporte necessário para que grupos minorizados prosperem em papéis de liderança.

Instrumentalize os líderes para gerenciar um ambiente de trabalho em constante evolução. Os líderes precisarão inspirar e orientar suas equipes por meio das complexidades dos ambientes de trabalho remoto e híbrido. Abraçar a mudança com agilidade e manter uma visão clara e focada no futuro será essencial para navegar nessa paisagem.

Eles devem ser adeptos de gerenciar equipes remotas e híbridas de forma efetiva. De acordo com a enquete Global Workforce 2024, as horas de trabalho flexíveis são altamente valorizadas pelos colaboradores em todo o mundo, com 37,5% dos entrevistados considerando-a uma prioridade. O apoio ao trabalho remoto em tempo integral varia de acordo com a região, sendo o mais alto na Austrália (26%) e o menor na Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (14%). Para atender a essas necessidades em evolução, as organizações devem fornecer treinamento de gerenciamento remoto para preparar os líderes e gerentes com as habilidades necessárias para gerenciar equipes remotas e híbridas com sucesso.

A flexibilidade é um fator significativo para reter os melhores talentos, com muitos colaboradores indicando que permaneceriam em suas funções atuais se tivessem horários flexíveis ou opções de trabalho remoto. Integrar perfeitamente a colaboração e a tecnologia de produtividade relevantes nos fluxos de trabalho diários e garantir que os líderes sejam proficientes nessas ferramentas é crucial. Ou seja, fornecer treinamento e compartilhar as melhores práticas sobre como usar essas ferramentas pode ajudar os líderes a incorporá-las em suas rotinas de trabalho diárias, para aumentar a produtividade das pessoas. Desenvolver habilidades de liderança flexível e adaptativa é essencial para responder às rápidas mudanças no ambiente de trabalho.

De acordo com os resultados da pesquisa, as preferências por opções de trabalho flexíveis são fortes em todas as faixas etárias. No Reino Unido, 30% dos entrevistados entre 18 e 24 anos e 43% com idades entre 45 e 54 anos priorizam horários flexíveis. Na Austrália, 36% dos entrevistados mais jovens e 52% do grupo mais velho (55-65) valorizam a flexibilidade. Essa preferência generalizada significa uma mudança fundamental nas expectativas no local de trabalho. As organizações devem se concentrar em programas ágeis de PDL para melhorar a capacidade dos líderes de se adaptarem rapidamente às mudanças circunstanciais.

Os líderes devem criar confiança dentro das equipes remotas e híbridas para manter o engajamento e a produtividade. Os dados mostram que abraçar a flexibilidade é um aspecto crucial da cultura do trabalho moderno. As organizações devem implementar atividades regulares de formação de equipes virtuais para promover a confiança e manter a coesão da equipe. Essas atividades não apenas ajudam as equipes remotas e híbridas a se sentirem mais conectadas e engajadas, mas também levam a maior produtividade e satisfação no trabalho.

Incorporação de uma cultura de aprendizagem contínua dentro de programas de desenvolvimento de líderes. A aprendizagem contínua é crucial para que os líderes permaneçam entregando resultados em um ambiente de negócios de mudança e transformação. A Pesquisa Global Workforce 2024 destaca que o aprendizado contínuo é uma prioridade para os candidatos a emprego e um fator-chave de retenção. No Brasil e na índia, 34% dos entrevistados priorizam oportunidades de aprendizado e crescimento, enquanto os EUA e o Reino Unido seguem com 23% e 22%, respectivamente. Para promover isso, as organizações devem incentivar uma mentalidade de desenvolvimento, promovendo uma cultura onde a aprendizagem é valorizada e reconhecida. Essa abordagem ajuda líderes e colaboradores a se manterem atualizados e a se adaptarem a novos desafios.

Os líderes que se comprometem com o desenvolvimento pessoal e profissional em curso dão um exemplo positivo para suas equipes. A Pesquisa Global Workforce 2024 mostra um forte apetite por aprendizado contínuo em todas as faixas etárias, enfatizando sua importância universal. Ao promover a curiosidade e a inovação através de sessões regulares de compartilhamento de conhecimento - mentoring e coach -, as organizações podem cultivar uma cultura de aprendizado e crescimento. Isso beneficia os líderes e gerentes e promove uma cultura de equipe mais bem informada e inovadora.

Liderar com confiança começa com uma tomada de decisão bem embasada. Os dados ressaltam o papel crítico da aprendizagem contínua, com percentuais significativos de entrevistados em vários países priorizando oportunidades de aprendizagem. Para integrar isso no tecido organizacional, as empresas devem tornar o aprendizado de uma parte dos fluxos de trabalho diários constante e regulares as avaliações de desempenho com foco na entrega de competências às organizações. Isso garante que o aprendizado não seja apenas uma atividade ocasional, mas um processo contínuo que capacita os líderes, os gerentes e os colaboradores a se destacarem em seus papéis.

Finalmente, priorize o bem-estar do colaborador. Construir confiança e demonstrar autenticidade são cruciais para que os líderes apoiem efetivamente o bem-estar dos funcionários. Os líderes aumentam a produtividade e o engajamento corporativo quando agem com ousadia e mostram resiliência para criar um ambiente de apoio em que o bem-estar é priorizado.

Pessoas saudáveis são mais produtivas e engajadas. No exigente ambiente de trabalho de hoje, o bem-estar dos colaboradores nunca foi tão crucial. Um local de trabalho inclusivo e solidário aumenta a satisfação dos colaboradores e impulsiona a produtividade e o sucesso a longo prazo. A implementação de programas de bem-estar abrangentes, que se concentram na saúde física, mental e emocional, garante que as pessoas sejam bem apoiadas em todos os aspectos.

Abordar as necessidades de saúde mental é fundamental para o bem-estar e o desempenho corporativo. A Pesquisa Global Workforce 2024 revela níveis significativos de conforto na discussão da saúde e do bem-estar entre os colaboradores, com 75% nos EUA se sentindo à vontade, em comparação com 64% no Brasil. Notavelmente, os executivos seniores (78%) estão mais confortáveis discutindo preocupações com a saúde do que os colaboradores (61%). Para criar um ambiente de apoio, as empresas devem incentivar discussões abertas sobre saúde e bem-estar e treinar os líderes e gerentes para serem receptivos e apoiar as necessidades de bem-estar dos colaboradores.

Os programas de bem-estar tornam as organizações mais atraentes para possíveis contratações e ajudam a reter os colaboradores atuais. A pesquisa da força de trabalho destaca o porquê de a inclusão e a valorização das contribuições dos colaboradores serem importantes, com executivos seniores (82%) e em organizações maiores (79%) se sentindo mais aceitos e valorizados. Para melhorar a retenção e o recrutamento, as organizações devem treinar os líderes e gerentes para apoiar as necessidades de bem-estar dos colaboradores e criar uma cultura de trabalho que incentive a discussão aberta sobre saúde e bem-estar.

O futuro do desenvolvimento da liderança depende de as organizações abraçarem essas tendências. A interconectividade dessas tendências requer uma abordagem holística para o desenvolvimento dos líderes e gerentes. Ao cultivar lideranças que são adaptáveis, inclusivas e capazes de aprender continuamente, as organizações podem garantir o sucesso sustentável em um ambiente de negócios em constante evolução, inclusive em hostilidade. Abraçar esses insights preparará os líderes e gerentes para impulsionar a inovação tradicional e disruptiva e manter uma vantagem competitiva às organizações que estão em busca de perenidade.

Até a próxima!

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