Teoria da Regressão?

Mudanças são inevitáveis em todos os aspectos. Tudo muda, tudo evolui, e a forma que a sociedade se relaciona não foge desse processo de metamorfose.

Antigamente, ao sair de casa em uma tarde de domingo, era possível e corriqueiro ver crianças brincando, senhorinhas sentavam-se à frente de suas casas em cadeiras de balanço para jogarem conversa fora… Enfim, as pessoas estavam inseridas em suas redes sociais, cada uma dentro do seu contexto: crianças tinham um grupo de amigos na escola, outro na igreja, na rua de casa; senhorinhas tinham amigas do bingo, outras eram vizinhas, etc.

Hoje, tudo mudou. O contexto citado anteriormente foi substituído. Criaram as mídias sociais, ferramentas que permitem essa mesma interação, porém, de forma digital. Fazendo uma analogia, é como se uma tarde ensolarada de domingo, propensa pra brincadeiras de criança na rua, ou uma casa de bingos, fossem substituídas pelo Facebook ou Twitter, e o que era contato pessoal, agora é intermediado por um aparelho, seja ele um tablet ou Smartphone. Até as senhorinhas, que antes temiam o computador, também estão mergulhadas na modernidade.

Charles Darwin levantou a Teoria da Evolução, que até hoje levanta discussões acirradíssimas: uns dizem que o ser humano não evolui, é o que é e pronto; outros afirmam piamente que o homem surgiu do macaco e vem evoluindo desde então. Porém, pode-se acrescentar mais uma indagação: será que as novas formas de comunicação e seus resultados na maneira que um indivíduo interagem com outro não podem gerar um retrocesso social? Será que o ser humano evoluiu tanto (ou não) para chegar no 3º milênio e regredir de forma tão brusca e ao mesmo tempo quase imperceptível ‘a olho nu’? Eis que surge uma nova teoria: a da regressão.