Terceiro Setor: Perpetuação de suas atividades, crescimento e fortalecimento gerado por ativos em inovação.
BENEFÍCIOS DA INOVAÇÃO PARA O SISTEMA ORGANIZACIONAL
Entre diversas, podemos citar três características como principais:
A primeira e importantíssima: a longevidade. O tempo de vida economicamente útil da inovação tecnológica para a empresa, excetuando nuances de mercado é de no mínimo 8 anos. Tempo que permite a organização planejar ações que propiciem a substituição do capital, promover novos investimentos, estabelecer parcerias economicamente viáveis, realizar investimentos financeiros, entre inúmeras outras opções, para garantir ou potencializar a sobrevida organizacional.
A segunda característica, não menos importante é que uma inovação tecnológica registrada, digamos, protegida ou patenteada, compõe o ativo de uma organização, pois é um bem, que confere credibilidade financeira a estrutura econômica da empresa. É muito comum o uso deste recurso no segundo setor, como já dissemos antes base de mercado de muitas empresas culturalmente majoradoras. Esclarecendo melhor, a patente ou outra propriedade industrial, são bens que podem ser negociados a qualquer tempo, de forma parcial ou total. A cada fatia de mercado alcançada sua rentabilidade irá representar para a organização solidez econômica. Assim definido pela Lei 9.279/96 em seu Art. 5º: “Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial.”
Baseado nesta especificação deter uma propriedade industrial, é possuir um ativo valioso, capaz de conferir confiabilidade econômica a empresa, quanto maiores os ativos menores os riscos para os investidores, um ambiente organizacional estável atrai investidores em RSE, pois as empresas não se arriscam em parcerias que podem comprometer sua imagem no mercado. Por outro lado, uma empresa com esta consciência está sempre à procura de parceiros que atendam esta cultura, principalmente quando se encontram em posição de mercado, sensível a riscos sociais.
A terceira característica se baseia nas relações de mercado, na forma com a qual o mercado vê uma empresa, mesmo que social voltada para desenvolver um esforço contínuo em criar soluções inovadoras para honrar seus compromissos sociais, sem que para tanto dependa exclusivamente do assistencialismo e a forma com que se envolve com o poder público, para cumprir seus compromissos finalísticos, estruturais e operacionais.
Lembramos que por vezes nos financiamentos concedidos a projetos propostos por organizações, é necessário provar sua capacidade de contra partida e/ou sua confiabilidade econômica. Não mais se exigem tão somente provas, por mais irrefutáveis que sejam, do trabalho social desenvolvido, mesmo porque, estabelecer padrões confiáveis de resultados da diminuição da vulnerabilidade social de alguns grupos é quase impossível, requereria anos de acompanhamento, até que o indivíduo chegasse a fase a adulta e se dispusesse a declarar que o projeto influenciou sua caminhada social, e a construção do que hoje seria para ele um futuro melhor. Podemos então utilizar a definição da UNICEF:
“Avaliação [social] é um processo que busca determinar de modo sistemático e objetivo a relevância, efetividade, eficiência e o impacto das atividades à luz dos objetivos específicos. É uma ferramenta de aprendizagem e de gestão orientada para a ação, voltada para a promoção tanto das atividades correntes como para o planejamento futuro.” UNITED NATIONS INTERNATIONAL CHILDREN’S – UNICEF – AUNICEF guide for monitoring and evaluation: making a difference.”
Ou seja, o acompanhamento feito pelas organizações sobre projetos implantados na maioria das vezes se atem ao período em que o projeto está ativo, ou maximamente ao desenrolar da ação continuada, caso ocorra. Não alcançando, portanto, os ambiciosos ditames da UNICEF, pelo menos não no Brasil.
Quanto à organização fazer este acompanhamento, o custo seria muito alto e um investimento de longo prazo. Mais uma vez afirmamos a necessidade que as organizações e empresas sociais apresentam de manter sua longevidade operacional.
Esta questão da avaliação poderia ser uma prerrogativa de seu trabalho, visto que ela disporia dos recursos necessários para realiza-la de forma eficiente. Não obstante a geração de artigos e produções intelectuais, pesquisas e seus resultados em forma de publicações, fariam parte de um novo processo de reconhecimento do trabalho desenvolvido pela organização perante a sociedade e compondo assim uma nova carteira de ativos em propriedade intelectual cuja exploração de mercado perfaz um período de 50 anos de uso e exploração antes de se tornar domínio público, ou seja, décadas de exploração mercadológica e reconhecimento de um trabalho, que terá como consequência a solidificação da organização em seu meio de atuação e diante de órgãos e organizações pertencentes a diversos setores sociais e econômicos e nações.
Pensar grande??? Não, apenas conscientização de que propriedade intelectual e consequentemente industrial não é tão somente uma questão de sobrevivência, mas de projeção da organização e reconhecimento de um trabalho em prol da melhoria social de forma sistêmica, técnica e economicamente viável, basta desenvolver conhecimento e aprender a aplicá-lo.
Uma observação nos é necessária, o terceiro setor partiu da necessidade de desenvolver ações que embora de competência do estado, não estavam ou estão sendo realizadas a contento, então podemos dizer que a união do Terceiro Setor com o Primeiro é tão somente a extensão parcamente melhorada da deficiência enfrentada pelos grupos sociais. Enquanto que sua união com Segundo Setor é a aproximação de um padrão organizacional mais produtivo e efetivo em suas ações. Queremos elencar apenas que a diferença está na visão operacional e conceitual dos sistemas organizacionais adotados pelo 1º e 2º setores que são totalmente distintas em suas prerrogativas qualitativas.
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